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Saúde

Covid-19: MPF do Goiás divulga nota técnica em defesa da Ivermectina e cloroquina

O Ministério Público Federal divulgou nota técnica assinada por especialistas que admitem o uso destas medicações no tratamento inicial e tardio da covid-19.

O Ministério Público Federal (MPF) em Goiás divulgou, na última terça-feira (2), nota técnica intitulada “As evidências científicas acerca do atendimento integral das pessoas acometidas com a Covid-19: o estado da arte atual, com ênfase no tratamento na fase inicial (replicação viral) da doença”.

Clique aqui e confira a nota na íntegra


O documento que trata sobre assistência integral a pacientes com o novo coronavírus foi encaminhado a diversos órgãos e instituições que têm alguma responsabilidade no enfrentamento à pandemia da covid-19. O estudo foi solicitado pelo procurador da República, Ailton Benedito, para embasar procedimento administrativo em curso no MPF em Goiás.

A nota é assinada pelos médicos infectologistas Ricardo Ariel Zimerman e Francisco Eduardo Cardoso Alves, pela biomédica Rute Alves Pereira e Costa e pelo psicólogo Bruno Campello de Souza e baseia-se em evidências científicas que possibilitam a indicação de terapia farmacológica segura e eficaz para a Covid-19, com vistas à rápida redução da carga viral e dos marcadores inflamatórios, o que é, segundo a nota, o principal objetivo do tratamento inicial. De acordo com os especialistas, tais medidas reduzem a duração de sintomas, dias de internação e mortalidade.

Para os especialistas que assinam o documento, devido à emergência imposta pela atual pandemia, e considerando a demora para as publicações em periódicos “revisados por pares”, decidiu-se, da mesma forma que as grandes revistas científicas o fazem, incluir no documento encaminhado ao MPF em Goiás as evidências oriundas dos estudos em preprint para realizar recomendações terapêuticas em caráter emergencial.

Medicações para tratamento inicial da doença

Consta também na nota, a utilização da Cloroquina/Hidroxicloroquina, Ivermectina, Colchicina, Terapia anti-TMPRSS-2, Nitazoxanida, Doxiciclina como opções terapêuticas para o tratamento inicial e tardio da covid-19.

“Do ponto de vista ético, cabe ressaltar que o emprego de medicações já aprovadas para uso em outras indicações (redirecionamento) é particularmente útil durante a situação atual, pois, além de estes fármacos serem prontamente disponíveis, as décadas de uso clínico comprovadamente seguro fazem com que se atenda ao preceito básico de 'primeiramente não causar o mal'”, explicam os profissionais.

Ainda segundo o documento, “a cloroquina e a hidroxicloroquina, usadas para tratar a malária e algumas doenças autoimunes, inibem potentemente a infecção viral do coronavírus SARS (SARS-CoV-1) e SARS-CoV-2 em estudos de cultura de células” e que “o atual grau de evidência científica da hidroxicloroquina já é igual ao da maioria dos procedimentos médicos consignados em guidelines de sociedades médicas”.

Conclusão

Os especialistas concluíram que "sugere-se a utilização do tratamento inicial para a covid-19, com possível auxílio do escore clínico a fim de facilitar o diagnóstico e de tornar o início do tratamento da doença o mais cedo possível. Destaca-se que as técnicas de biologia molecular devem continuar sendo consideradas como “padrão ouro” e seu valor é inestimável em condutas de saúde pública, tal como rastreio dos casos. Eles ganham importância também no diagnóstico para fins de tratamento, sempre que puderem ter seus resultados liberados rapidamente e quando a prevalência da doença na população se encontrar em declínio".

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