A Pfizer informou, nesta sexta-feira, que uma pílula desenvolvida pela farmacêutica teve eficácia de 89% na redução do risco de internação ou morte entre pessoas com casos graves de covid-19. O anúncio é baseado em resultados preliminares de um estudo de fase 2/3 conduzido pela farmacêutica.
O antiviral, conhecido como Paxlovid, funcionou quando administrado três dias após o diagnóstico, de acordo com a empresa. Dos 1.219 adultos que participaram da pesquisa, dez que tomaram o placebo morreram, comparado com nenhum óbito entre os que receberam o remédio. Os testes também atestaram a segurança da substância, conforme a farmacêutica.
A Pfizer afirmou que pretende solicitar autorização para uso da droga à Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos este mês. A ação da companhia saltava 9,44% no pré-mercado da Bolsa de Nova York por volta das 08h (de Brasília), após a notícia.
"As notícias de hoje (desta sexta-feira) são uma verdadeira virada de jogo nos esforços globais para deter a devastação desta pandemia", afirmou o CEO da Pfizer , Albert Boula. "Esses dados sugerem que nosso candidato a antiviral oral, se aprovado ou autorizado pelas autoridades regulatórias, tem o potencial de salvar vidas de pacientes, reduzir a gravidade de infecções de covid-19 e eliminar até nove em cada dez hospitalizações", acrescentou.
Aprovado pela agência britância, Molnupiravir aguarda aval nos EUA
Se autorizado pelas autoridades regulatórias, pode haver dois comprimidos de covid-19 que as pessoas podem tomar em casa antes do final do ano para mantê-los fora do hospital. Um antiviral da Merck (MSD no Brasil) e Ridgeback Biotherapeutics, o molnupiravir, foi liberado para uso no Reino Unido esta semana e está para autorização nos EUA.
Ver todos os comentários | 0 |