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Saúde

Neurocirurgião diz que Pfizer admitiu que vacina pode causar miocardite em crianças

Paulo Porto expôs um documento no qual a Pfizer assume falta de garantia quanto a riscos de miocardite.

A deputada federal Bia Kicis (PSL) publicou em sua página no Instagram, nesta sexta-feira (05), uma entrevista na qual o médico neurocirurgião Paulo Porto expõe um documento que a Pfizer enviou ao FDA, que é agência reguladora norte-americana, assumindo a falta de garantia quanto aos riscos de miocardite associada à vacinação contra a covid-19 em crianças de 5 a 12 anos.

Na entrevista concedida ao programa Opinião no Ar, da RedeTV, o médico relatou o que foi descrito pela Pfizer ao solicitar autorização para aplicação da vacina contra a covid-19 em crianças entre 5 a 12 anos. “Eu trouxe o documento que a Pfizer submeteu ao FDA, é um documento de 80 e poucas páginas falando sobre essa vacina. Na página 11 desse documento diz que o número de participantes no estudo clínico é muito pequeno para apresentar qualquer risco potencial de miocardite associada à vacinação e que estudos de longos prazos de segurança da vacina contra a covid-19 em participantes de 5 a 12 anos serão realizados após o início da administração das vacinas, incluindo, estudos de 5 anos de follou up que avaliarão sequelas de miocardite e pericardite pós-vacinas”, afirmou Paulo Porto.


Em seguida, o neurocirurgião explicou os problemas relacionados à aplicação da vacina em crianças constantes no próprio documento. “Existem dois pontos: no documento que você solicita autorização você já assumir que precisa fazer estudos das sequelas de miocardite você, implicitamente, está assumindo que ocorrerão miocardites; segundo lugar existe um conceito epidemiológico que é pouco divulgado que se chama NNT que é Número Necessário para Tratar e o que é isso? Quantas pessoas eu preciso fazer aquela intervenção que estou propondo para evitar uma morte?”, esclareceu o especialista.

“O NNT calculado da Pfizer nessa faixa etária é de 1 milhão, ou seja, eu preciso administrar 1 milhão de doses para evitar o óbito de uma criança. O problema disso é que eu estou esperando que a cada 100 mil doses eu tenha um caso de miocardite e desses 40% podem evoluir para insuficiência cardíaca, então, quando a gente se atém simplesmente aos números, não compensa”, analisou o médico Paulo Porto.

Quem é Paulo Porto

Paulo Márcio Porto de Melo é mestre em Ciências Militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficial, graduado em medicina e especialista em neurocirurgia pela Unifesp, além de presidente do departamento de Neurocirurgia Vascular e do Departamento de Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.

EUA aprovaram vacinação em crianças

A agência reguladora norte-americana (FDA) autorizou, na sexta-feira (29), que a vacina da Pfizer contra a Covid-19 seja aplicada em crianças de 5 a 11 anos nos Estados Unidos.

A vacinação iniciou na última terça-feira (03) um dia após a recomendação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Vacinação de adolescentes em Teresina

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) iniciou nessa quarta-feira (04) a vacinação contra a covid-19 em adolescentes acima de 12 anos com o imunizante da Pfizer/Biontech.

Sesapi pede urgência na vacinação de crianças

A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) encaminhou à Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) ofício pedindo urgência na autorização do início da vacinação de crianças de 5 a 11 anos de idade no Brasil.

De acordo com o secretário de Saúde, Florentino Neto, o Piauí tem condições técnicas para iniciar a vacinação assim que a Anvisa liberar a aplicação no país.

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