O dramaturgo e escritor Antonio Bivar morreu neste domingo, 5, aos 81 anos, vítima do coronavírus. Ele estava internado em São Paulo, no hospital Sancta Maggiori, desde meados de junho.
Bivar, que ganhou projeção no final dos anos 1960 e foi um pouco hippie e um pouco punk, é autor de clássicos do teatro nacional, como Cordélia Brasil (1967), vencedora do Prêmio Molière Brasil, e Abre a Janela e Deixa Entrar o Ar Puro e o Sol da Manhã (1968).
Colunista do Caderno 2 quando o suplemento foi criado em 1986, Antonio Bivar é também autor de vários livros. Pela lendária coleção Primeiros Passos, da Brasiliense, ele publicou O Que é Punk. O livro foi reeditado recentemente pelas Edições Barbatana com o título Punk.
Lançou também, pela L&PM, Verdes Vales do Fim do Mundo, sobre a temporada que passou em Londres e conviveu com outros nomes da cultura brasileira, todos exilados na Inglaterra por causa da ditadura militar, e viveu o auge da contracultura.
Em 2014, saiu o primeiro volume de sua autobiografia. Mundo Adentro Vida Afora (L&PM) compreende seus 30 primeiros anos de vida. No ano passado, pela Humana Letra, publicou Perseverança, que seria o quinto volume sobre sua trajetória, abarcando o período de 1982 a 1993.
Bivar estava de viagem marcada para Londres.
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