Andressa Martins
A Associação Médica Brasileira (AMB) defendeu a autonomia do médico para o tratamento do novo coronavírus (covid-19) com hidroxicloroquina. Embora a associação destaque que ainda não existam “estudos seguros, robustos e definitivos” sobre a questão, é importante que cada médico avalie seu paciente e prescreva a medicação que avaliar necessária.
Por meio de um artigo publicado em seu site, a AMB critica o uso do medicamento em disputas político/ideológico/partidário e diz que após a pandemia, alguns médicos ou entidades médicas sairão da pandemia “apequenados” por “escolherem manipular a ciência para usá-la como arma no campo político-partidário”.
A associação destacou a Declaração de Helsinque, que diz que em casos onde não há intervenções comprovadas, o médico deve se aconselhar e com consentimento do paciente, viabilizar um procedimento que restabeleça a saúde ou alivie sofrimento do paciente.
“No tratamento de um paciente individual, em que não existem intervenções comprovadas ou outras intervenções conhecidas foram ineficazes, o médico, após procurar aconselhamento especializado, com consentimento informado do paciente ou de um representante legal, pode usar uma intervenção não comprovada se, no julgamento do médico, oferecer esperança de salvar vidas, restabelecer a saúde ou aliviar o sofrimento. Essa intervenção deve ser posteriormente objeto de pesquisa, destinada a avaliar sua segurança e eficácia. Em todos os casos, novas informações devem ser registradas e, quando apropriado, disponibilizadas ao público”, diz a AMB.
A AMB reitera que tem o “compromisso de defender a preservação da autonomia do médico” e que vai defender o Parecer 4/2020 do Conselho Federal de Medicina, que disciplina o assunto.
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