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Saúde

Witzel autoriza delivery e propõe multar quem desobedecer isolamento

Decreto publicado pelo governador do Rio autoriza ainda a circulação interna entre municípios do noroeste do Rio e de algumas cidades do entorno.

Decreto publicado nesta terça-feira pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, autoriza o serviço de delivery para o comércio no Estado. O texto também prevê o sistema de drive thru, mas o mandatário afirmou no início desta tarde que irá corrigir essa parte. Ele também negou que esteja flexibilizando as medidas restritivas, já que as lojas não abrirão.

"No momento em que estamos admitindo o delivery, não estamos flexibilizando nada", disse no Palácio Guanabara. Para reforçar a importância cada vez maior do isolamento social, o governador afirmou que pedirá à Assembleia Legislativa (Alerj) a elaboração de um projeto que autorize o governo a multar quem estiver descumprindo as medidas de restrição.


A ideia surgiu no fim de semana, após a constatação de que as pessoas passaram a frequentar mais as ruas e a orla da capital. O valor da multa, segundo Witzel, ainda não foi definido e poderia ser estabelecido pela própria Alerj.

Além do delivery para o comércio em todo o Estado, o decreto autoriza a circulação interna entre municípios do noroeste do Rio e de algumas cidades do entorno. Apesar de escolas, por exemplo, continuarem fechadas, o comércio e restaurantes poderão funcionar, mas sem aglomerações.

Aquela região está menos afetada pelo vírus. Liberar a circulação interna, disse Witzel, é uma forma de dar fôlego econômico aos municípios.

Segundo o governador e o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, a tendência é que as medidas restritivas sejam estendidas para até o final de abril no Rio. Isso é estimado pelo governo com base na curva de crescimento da doença - que, segundo eles, está próxima a um nível aceitável de crescimento.

Também preocupa o governo o aumento das internações no sistema público de Saúde, que já respondem a cerca de 21% do total.

Antes mesmo de ser perguntado sobre a novela de ontem envolvendo a eventual demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, Witzel deu "graças a Deus" pela permanência dele, que tem sido elogiado por governadores e médicos. Quando questionado, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro entendeu a gravidade do momento.

"Entendo que daqui para frente essas situações que estamos vivendo, do presidente falar uma coisa e o governo outra, será reduzida cada vez mais e ele vai entender que o momento agora é de união para não deixar a população confusa", apontou.

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