A menina Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, morreu no início da tarde desta sexta-feira, 22, no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Rio de Janeiro. Ela estava internada desde a madrugada de quinta-feira, 21, após ser imprensada por um carro alegórico.
O acidente ocorreu no primeiro dia de desfiles do Rio de Janeiro. A menina subiu no carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora na saída da Marquês de Sapucaí, na rua Frei Caneca, enquanto a mãe observava a passagem de outras agremiações na avenida. Naquele instante, o veículo passou em um trecho estreito e as pernas da menina foram prensadas entre a alegoria e um poste.
Raquel foi socorrida em um posto médico montado na Marquês de Sapucaí e, depois, foi encaminhada ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro. Ela passou por uma cirurgia que durou cerca de 7 horas e precisou ter a perna amputada. Durante o procedimento, a menina sofreu uma parada cardiorrespiratória, que foi revertida pelos médicos. Apesar disso, seu quadro de saúde permaneceu gravíssimo. A direção do Souza Aguiar informou a morte às 12h10 desta sexta-feira.
Nesta sexta-feira, a Justiça do Rio de Janeiro determinou que todas as escolas de samba da cidade façam escolta de seus carros alegóricos no trajeto entre o sambódromo e os barracões, além de determinar que a Polícia Militar e a Guarda Municipal aumentem seu efetivo em ruas próximas à Marquês da Sapucaí, onde ocorrem os desfiles. A decisão é do juiz Sandro Pitthan Espíndola, da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso do Rio. Ele acolheu um pedido do Ministério Público (MPRJ).
Além da escolta sob responsabilidade das agremiações, no despacho o juiz determinou que a PM coloque viaturas nas ruas Frei Caneca com Senhor do Matosinhos, Aníbal Benévolo, Laura de Araújo, Visconde de Pirassununga e Correia Vasques. A Guarda Municipal do Rio, por sua vez, deverá deslocar pelo menos dois agentes para circulação a pé em cada um dos setores.
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