A recém-empossada ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, afirmou, nesse domingo (16), que não negociará com aqueles deputados de trato mais difícil, “que gritam, que agridem”. Disse, no entanto, que conversará, sim, com todos da oposição que tenham conduta mais respeitosa.
“Tinha um ditado que a minha avó dizia: ‘não gaste vela com santo ruim’. Se eu não vou convencer, vou tratar bem, obviamente, respeitar porque eu não trato ninguém mal. Agora, com quem é da conversa, mesmo sendo da oposição, eu vou procurar dialogar para ver se a gente pode encontrar convergência. […] Mas com aqueles que gritam, que agridem, aí não tem diálogo, aí não adianta gastar tempo”, disse a ministra em entrevista ao podcast PodK Liberados.

Em determinado momento, Gleisi reconheceu a dificuldade que terá para convencer os parlamentares sobre a aprovação de matérias do interesse do Governo Federal, sua principal função na nova pasta. Chegou a dizer que terá que ‘ceder’ em alguns momentos, ‘dentro do limite’.
“Tenho que conversar com quem pensa diferente de mim e tentar convencer e criar convergências ao máximo para que as matérias importantes para nós sejam aprovadas. Não vamos conseguir aprovar tudo, não vamos conseguir convergência em tudo, e muitas coisas teremos que ceder, mas vamos fazendo dentro dos limites”, avaliou Hoffmann.
Primeira pauta prioritária
Gleisi também falou sobre sua articulação para o trâmite da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, uma das prioridades do Governo Lula no momento. A matéria prevê, por exemplo, a autorização para que as guardas civis municipais realizem policiamento ostensivo.
“É uma matéria muito importante, não pode virar disputa de posições superficiais, de lacrações. Temos que tratar com muita responsabilidade. Temos que conversar com a oposição também. Devemos isso ao país: o governo e o Congresso”, afirmou Gleisi.
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