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Política

Cidadania rompe com PSDB em meio às negociações com outro partido

Presidente nacional do Cidadania, Comte Bittencourt, afirmou que agora é hora de retomar o protagonismo.

O Diretório Nacional do Cidadania anunciou nesse domingo (16) o fim da federação com o PSDB, formada durante as eleições de 2022 para atender às exigências da cláusula de barreira. A decisão ocorre em um momento delicado para o PSDB, que busca novas alianças para tentar reverter a perda de espaço na política nacional. A legenda, no entanto, não se manifestou sobre o rompimento. O presidente nacional do Cidadania, Comte Bittencourt, afirmou que agora é hora de retomar o protagonismo do partido e buscar um novo rumo, independente da federação com os tucanos.

A união entre os dois partidos, inicialmente considerada estratégica para o cumprimento da cláusula de barreira, não trouxe os resultados esperados. Durante a reunião que formalizou o rompimento, membros do Cidadania expressaram insatisfação com a convivência na federação, apontando prejuízos para a legenda, que perdeu representação em câmaras estaduais e federais, além de vereadores e prefeitos. O partido conquistou apenas 18 cadeiras nas últimas eleições para a Câmara dos Deputados, das quais 13 foram do PSDB e 5 do Cidadania.

Foto: Reprodução/Cidadania23Reunião do Cidadania 23
Reunião do Cidadania 23

Com o fim da federação, Comte Bittencourt enfatizou a necessidade de definir uma estratégia para as eleições de 2026, seja de forma independente ou com a formação de uma nova federação dentro do "campo democrático". Para ele, o momento exige o fortalecimento interno do partido, com foco na organização nos estados e no debate de ideias, preservando as diferenças ideológicas.

Enquanto isso, o PSDB segue negociando novos caminhos para seu futuro. Em fevereiro, o presidente da legenda, Marconi Perillo, reconheceu que o partido cometeu erros nos últimos anos, o que contribuiu para a diminuição de sua influência política. O PSDB busca alternativas de fusão ou incorporação com outras legendas, com destaque para o PSD, que recentemente recebeu a ex-governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, ex-tucana que se uniu ao campo político ligado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Perillo afirmou que o PSDB ocupa o "centro democrático", com propostas econômicas liberais e políticas sociais consistentes, mas reconheceu que o partido precisa se reinventar para enfrentar a polarização política. O presidente tucano também refletiu sobre a perda de força do partido após a Operação Lava Jato e as eleições de 2018, destacando que o PSDB não teve a mesma capacidade de recuperação política que o PT, cuja base de apoio é mais consolidada no movimento sindical.

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