Os deputados estaduais Marden Menezes e Dr. Thales Coelho apresentaram suas defesas contra o pedido de expulsão do partido Progressistas, por infidelidade partidária. O GP1 obteve acesso às peças de ambos, que rechaçam a conduta do vereador Petrus Evelyn, responsável por impetrar a representação de expulsão.
A defesa de Marden foi a mais incisiva contra o pedido de Petrus e alegou, entre outros, que o vereador demonstra conduta de perseguição em prejuízo de sua imagem e de seu trabalho e que propôs a ação de expulsão “com completa ausência de boa-fé, ética e isenção”.

Em face da representação partidária, o Representado Marden Luis Brito Cavalcante e Menezes, já qualificado nos autos, destaca que a presente reclamação parte de um indivíduo que não possui nem mesmo um ano de filiação ao Partido Progressistas, cuja conduta de perseguição em prejuízo da imagem e do trabalho do Representado é objeto, inclusive, de ações judiciais movidas por este nas esferas cível e criminal de Teresina, por calúnias, injúrias e difamações sofridas sistematicamente, o que demonstra, por si só, a completa ausência de boa-fé, ética e isenção do proponente”, consta em trecho da defesa de Marden.
Rebateu infidelidade partidária
De modo geral, a defesa de Marden rechaça a alegação de que o parlamentar tenha cometido infidelidade partidária, tendo em vista que, no estatuto, a sigla apresenta-se como “de centro”. Isso, em tese, permitiria ao deputado manter diálogo com correntes opostas, como ele o fez, ao se aproximar do grupo do governador Rafael Fonteles (PT). Relembrou, ainda, que, na Assembleia Legislativa, votou sempre de forma alinhada aos colegas do PP.
“Não havendo qualquer argumento razoável, fato determinado, dispositivo estatutário violado, muito menos declaração ou ato praticado pelo Representado que embasem o constrangimento e prejuízo que está sofrendo, até mesmo as imagens aleatórias utilizadas na peça reclamante atestam a completa incoerência e irresponsabilidade das alegações”, consta em outro trecho da defesa de Marden.
Defesa de Dr. Thales Coelho
Em tom mais ameno, a defesa de Dr. Thales também refutou as alegações de Petrus Evelyn em seu pedido de expulsão. Inicialmente, alegou que a representação é vazia e genérica, por não apresentar nem mesmo que princípios do partido o parlamentar teria violado.

“Ora, o Sr. Petrus acusa o esse Representado de alinhamento sistemático com grupo partidários e lideranças políticas que se contrapõem aos princípios e objetivos do PP, mas não aponta que partidos são esses, quais lideranças políticas são essas ou quais são os princípios e objetivos que ele estaria se contrapondo aos do Progressistas”.
Não há que se falar em infidelidade partidária
A defesa de Thales argumentou que um pedido de expulsão é a sanção mais gravosa no estatuto e apenas se justifica por cometimento de ato de extrema gravidade. Afirmou, em contrário, que o deputado tem sempre apoiado o Progressistas, inclusive, ao lançar o candidato à Prefeitura de Paquetá do Piauí, Dr. Clayton Barros.
“Podemos citar como prova do compromisso desse Representado com o Progressistas, o fato que na última eleição municipal, o Sr. Thales Coelho lançou e a apoiou na cidade onde vota, Paquetá, o candidato a prefeito pelo Partido Progressista, que inclusive logrou êxito na eleição”, afirmou.
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