Nesta quinta-feira (10), o ministro Gilmar Mendes decidiu anular todas as provas da investigação da Polícia Federal sobre desvios na aquisição de kits de robótica, as quais envolvem o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O caso seria levado a julgamento no plenário virtual do Supremo Tribunal Federal.
O caso tramita em sigilo e foi retirado de pauta porque o tipo de processo (reclamação) permite, segundo o regimento da Corte, decisões monocráticas definitivas sem referendo do colegiado.
A decisão do ministro seguiu o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que solicitava a anulação das provas, mas que não determinou o trancamento do inquérito, como havia pedido a defesa de Arthur Lira. Segundo ele, o trancamento deverá ser solicitado ao juiz de primeira instância do caso.
Com essa mudança, a possibilidade de que Lira seja investigado por uma suposta relação com desvios na aquisição dos kits de robótica não se concretizará. A PF havia monitorado entregas de dinheiro vivo para um ex-assessor seu, Luciano Cavalcante. Os advogados dos demais investigados também irão pedir a anulação das provas.
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