O deputado federal Júlio Arcoverde (Progressistas-PI) garantiu, em entrevista ao GP1, nesta quarta-feira (26), que o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), senador Wellington Dias (PT-PI), está sendo alvo de “fogo amigo” e que não tem partido do senador piauiense Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, as manobras para que o petista seja retirado do comando do MDS para dar espaço a membros do Centrão.
A possível saída de Wellington vem sendo especulada desde o início do mês de julho, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria dito a aliados que está decepcionado com o desempenho do piauiense na pasta, além do interesse de líderes do Centrão que estão de olho no Ministério do Desenvolvimento Social, que é considerado o carro chefe do Governo Federal.
O Ciro Nogueira é presidente nacional do Progressistas e um dos principais nomes do Centrão e, por conta disso, tem sido apontado como sendo um dos articuladores da saída de Wellington Dias. “Eu conheço o Ciro há 38 anos, sei muito o que ele pensa e essa possibilidade dele querer individualizar essa disputa pelo ministério é impossível. Isso porque em todas as reuniões do Progressistas, o Ciro diz que é contra a participação do partido no Governo Lula”, garantiu Júlio Arcoverde.
PP não faz parte do Governo Lula
Segundo o deputado federal, Ciro já foi bem claro no sentido de afirmar a todos os deputados federais e senadores que, “quem for para o ministério, não fala em nome do partido Progressistas”.
Para Arcoverde, Wellington Dias está sendo prejudicado por pessoas próximas a ele. “Essa ‘queimação’ que vem sendo feita em cima do Wellington Dias, há mais de 20 dias, pelos jornais do Sul do país, de que caiu a quantidade de gente do Bolsa Família, de que o Lula estaria descontente com a capacidade administrativa do Wellington, quem tem experiência política sabe que isso não vem do Ciro, isso vem do ‘fogo amigo’, de dentro do Governo”, pontuou o deputado.
Lula negou saída de Wellington Dias
Recentemente, Lula negou as especulações políticas de mudanças no comando do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. “Esse ministério é meu. Esse ministério não sai. A Saúde também não sai. Não é o partido que quer vir para o governo que pede o ministério. É o governo que oferece um ministério”, afirmou o petista.
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