O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva minimizou as violações dos direitos humanos na China em uma entrevista concedida ao canal português RTP 1, no último sábado (22). Quando questionado sobre presos políticos, violações e a Lei de Segurança Nacional chinesa, que proíbe manifestações pró-democracia no país asiático, Lula afirmou que "todos os países têm problemas" e que é necessário "respeitar a autodeterminação dos povos".
No entanto, quando confrontado com o fato de que a China não respeita muitos dos pressupostos expressos na Carta das Nações Unidas, Lula alegou que outros países também não os cumprem. "Você pode não concordar com o regime chinês, assim como eles podem não concordar com o regime brasileiro", disse o ex-presidente.
Cabe lembrar que o Partido Comunista Chinês mantém campos de concentração nos quais são mantidos muçulmanos proibidos de exercer a própria fé, e detentos são submetidos a uma doutrinação intensiva e tortura mental e física. Além disso, a Lei de Segurança Nacional chinesa impede qualquer manifestação a favor da democracia.
Lula recentemente visitou a China, onde foram assinados ao menos 15 acordos bilaterais, com a previsão de atrair R$ 50 bilhões ao Brasil. Desde 2009, a nação chinesa é o principal parceiro comercial do Brasil.
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