O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) afirmou que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), divulgou “desinformação grave” ao declarar que houve armação na Operação Sequaz, da Polícia Federal, que prendeu nove integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) por planejar o atentado de autoridades brasileiras, incluindo o do próprio senador.
Na avaliação de Sérgio Moro, que fez as declarações durante evento nos Estados Unidos nesse sábado (01), o presidente deu um mau exemplo em matéria de desinformação ao falar de uma “armação”.
“E não vou entrar aqui em detalhes, mas podemos lembrar os episódios que aconteceram semana passada, inclusive envolvendo falas do presidente da República, e inclusive falas envolvendo também no caso a minha pessoa. Uma desinformação grave”, acusou Moro.
Entenda
Um dia após a operação, o presidente Lula comentou a ação e disse que “é visível que foi uma armação de Moro”. A fala do presidente repercutiu de forma negativa, inclusive, alguns parlamentares falaram em impeachment sob argumento de que o posicionamento do presidente seria um atentado as instituições.
Regulação das redes sociais
O senador do União Brasil falou ainda que apesar dos excessos, se preocupa quando as mídias são tratadas “como um mal, como se isso fosse um perigo para a democracia”. “É claro que o mal uso e a desinformação, a incitação à violência e ameaças nunca são aceitáveis, seja fora das redes ou dentro das redes. Mas esse tipo de discurso não pode permitir o cerceamento das redes”, falou.
“Que pode, sim, potencializar a liberdade de expressão, como potencializou a liberdade de expressão e o acesso à informação. Por isso, qualquer regulação tem que ser muito cuidadosa”, acrescentou o senador.
A fala de Sérgio Moro foi em referência à proposta do Governo Lula de criar uma entidade autônoma para supervisionar se as plataformas estão cumprindo normas de regulação em razão do risco de censura.
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