Lívia Pessoa
Aliados do ex-presidente da República Jair Bolsonaro têm ligado semanalmente para os familiares do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, para monitorar sua "situação emocional". Segundo fontes próximas a Torres, sua saúde mental está debilitada e isso tem preocupado Bolsonaro.
Atualmente, o responsável pela defesa de Anderson Torres é Eumar Novacki, ex-chefe da Casa Civil do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB). No entanto, o advogado de Torres no início do julgamento era Rodrigo Roca, que possuía uma relação mais próxima com a família de Jair Bolsonaro. A troca de advogados teria sido um dos fatores que contribuiu para o abalo psicológico de Anderson Torres.
De acordo com a defesa do ex-ministro, a possibilidade de uma delação vem sendo rebatida, afirmando que essa decisão não irá acontecer. Já nessa segunda-feira (17), a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) a favor da revogação da prisão preventiva do ex-ministro.
O órgão defendeu que a saída da prisão seja seguida pelo cumprimento de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de Torres deixar o Distrito Federal e de manter contato com os demais investigados pelos atos de 8 de janeiro, além do afastamento do cargo de delegado da Polícia Federal.
Prisão
Anderson Torres está preso desde o dia 14 de janeiro e pediu, pela segunda vez, a revogação da prisão em 10 de abril. No pedido, o advogado citou que, após a prisão, as filhas de Torres (de 9, 11 e 13 anos de idade) passaram a receber acompanhamento psicológico “com prejuízo de frequentarem regularmente a escola”.
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