Depois do vereador Neto do Angelim, agora foi a vez do parlamentar Valdemir Virgino ingressar com ação de desfiliação do Progressistas no Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI). O pedido foi ajuizado nessa terça-feira (20).
Em sua justificativa, o vereador alegou que foi eleito pelo Progressistas em 2020, mas que durante este ano, passou a ter fortes divergências políticas com algumas lideranças do partido quando começou a sentir a grave discriminação político-pessoal intrapartidária, fato que o levou a cogitar a sua desfiliação do partido.
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Valdemir Virgino anexou ainda Carta de Anuência do partido na qual informa que ele poderá se desfiliar do partido sem que fique configurada infidelidade partidária.
“Dessa forma, resta demonstrado que o autor tem direito à desfiliação partidária por justa causa, razão pela qual busca nesta Justiça Especializada a autorização para se filiar em outra agremiação partidária, preservando-se seu direito ao mandato de vereador de Teresina”, diz trecho da petição.
O vereador pede em caráter liminar, que seja reconhecida a existência da justa causa e autorizada a sua desfiliação do Progressistas sem que haja a perda do mandato.
Entenda o caso
No dia 8 de setembro, o Diretório do Progressistas autorizou que os vereadores Neto do Angelim e Valdemir Virgino deixem o partido sem que fique caracterizada infidelidade partidária, que poderia resultar na perda dos mandatos.
O Progressistas apoia o candidato a governador, Sílvio Mendes (União Brasil), tendo indicado, inclusive, a candidata a vice-governadora, Iracema Portella. Contudo, Neto do Angelim e Valdemir Virgino declararam apoio a Rafael Fonteles, do PT, mas como a posição deles causou conflitos dentro do partido, eles decidiram se manter neutros.
Agora, com a liberação do partido para que peçam a desfiliação, a tendência é que os dois vereadores voltem a apoiar oficialmente o candidato Rafael Fonteles.
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