A cúpula do Mercosul no Brasil não será mais presencial, mas virtual. O governo de Jair Bolsonaro (PL) decidiu fazer o evento apenas por videoconferência, nos dias 16 e 17 de dezembro. A informação foi antecipada pelo jornal O Globo e confirmada pelo Itamaraty ao Estadão por meio de nota.
O Ministério de Relações Exteriores não detalha na resposta o motivo da mudança de planos. A justificativa do governo brasileiro para transformar o evento em virtual teria sido o surgimento da nova variante Ômicron do coronavírus.
A reviravolta acontece apenas uma semana depois de um evento, na embaixada da Argentina em Brasília, para celebrar o Dia da Amizade entre Brasil e Argentina, em 1º de dezembro.
O governo do presidente Alberto Fernández enviou ao Brasil o secretário de Assuntos Estratégicos da Casa Rosada, Gustavo Beliz, um dos principais assessores do chefe de Estado argentino, que foi recebido pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, entre outros, para celebrar a amizade entre Brasil e o país vizinho.
O clima era amistoso, em uma festa com direito a vinho Malbec e música ao vivo, como mostrou o Estadão.
Dois dias depois, contudo, o presidente argentino anunciou que receberia em Buenos Aires o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), inimigo político de Bolsonaro.
A relação entre Lula, Fernández e Cristina é antiga. O presidente argentino visitou o ex-presidente na prisão, em plena campanha eleitoral em seu país, em 2019.
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