Wanessa Gommes
O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar, nessa segunda-feira (15), sobre seu futuro político e as negociações em torno de sua possível filiação ao PL, que estava marcada para o dia 22 de novembro, mas foi adiada.
Segundo reportagem da Revista Oeste, em Dubai, Bolsonaro reconheceu que há dificuldades a serem superadas para definir sua filiação ao PL. “Não vou voltar atrás porque nunca falei nada. Na política, as coisas acontecem depois que se assina. Estava 99% acertado”, disse Bolsonaro.
Contudo, o presidente não descartou um desfecho bem sucedido que, segundo ele, vai depender do presidente nacional do partido. “Tem tudo para dar certo. Depende do Valdemar para a gente partir para um casamento que tem tudo para dar certo”, afirmou.
O principal obstáculo para a ida de Bolsonaro ao partido é o apoio já firmado da legenda à candidatura do vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), ao Palácio dos Bandeirantes em 2022.
Bolsonaro relatou ainda que o adiamento da filiação se deu porque Valdemar Costa Neto ainda não conseguiu resolver esse impasse em São Paulo. “Preciso, se virar candidato, ter candidatos em quase todos os Estados, em especial em São Paulo, que tem mais de 30 milhões de eleitores. O Valdemar é uma pessoa de palavra, falou que está buscando uma negociação. Ele não conseguiu ainda a garantia do outro lado de que possa desfazer o que fez no passado e decidimos adiar. Não adianta começar o casamento com coisas pendentes”, declarou o presidente da República.
Segundo Bolsonaro, a definição deve ocorrer em “pouquíssimas semanas”. “A possibilidade existe, mas eu tenho um limite. É o que tenho falado: espero pouquíssimas semanas, duas ou três no máximo, para casar ou desfazer o noivado, mas acho que tem tudo para a gente ficar feliz”, finalizou.
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