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Política

Bolsonaro diz que leite condensado é para ‘enfiar no rabo da imprensa’

O presidente também criticou veiculação de gastos do governo com alimentação; valor foi R$ 1,8 bilhão em 2020.

O presidente Jair Bolsonaro reagiu nesta quarta-feira, 27, às críticas que tem recebido pelo gasto de R$ 15 milhões com leite condensado por órgãos da administração federal no ano passado. Em almoço que reuniu ministros, aliados e cantores sertanejos em uma churrascaria de Brasília, o presidente rebateu a imprensa e disse que na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2014, a despesa foi maior.

“Quando vejo a imprensa me atacar dizendo que comprei 2 milhões e meio de latas de leite condensado, vai pra p* que o pariu, imprensa de merda! É pra enfiar no rabo de vocês da imprensa essas latas de leite condensado”, disse Bolsonaro ao microfone em discurso para os demais convidados.


A churrascaria foi fechada para receber o grupo, mas um vídeo com as declarações do presidente foi divulgado pelo assessor especial da Presidência da República, Tercio Arnaud, na plataforma Telegram. “Não é pa-ra Presidência da República essa compra de alimentos, até porque nossa fonte é outra. (É) Alimentação de 370 mil homens do Exército, (para) programas de alimentação do Ministério da Cidadania, do Ministério da Educação...”, afirmou.

“Me acusam de ter comprado R$ 4 milhões em chiclete e quem já esteve no Exército, já teve um catanho, quem serviu... tem um chicletinho lá dentro. E isso não é uma mordomia, não é privilégio”, continuou o presidente, que prometeu levar o ministro Wagner Rosário, da Controladoria-Geral da União (CGU), à sua “live” semanal de quinta-feira para explicar o gasto. “Inclusive, em 2014 a Dilma comprou mais leite condensado do que eu”, disse o presidente.

O almoço, realizado nesta quarta-feira, 27, reuniu os cantores como Netinho, Naiara Azevedo, Amado Batista e Sorocaba e os ministros Tarcísio Freitas (Infraestrutura), Gilson Machado (Turismo), Fábio Faria (Comunicações), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), além dos secretários especiais de Cultura, Mario Frias, e da Pesca, Jorge Seif. Neymar da Silva Santos, pai do jogador Neymar, do PSG, também era um dos presentes.

Mais cedo, em uma rede social, o presidente já havia compartilhado uma explicação sobre o tema. “Os maiores compradores da iguaria são o Ministério da Defesa e a Funai, por um motivo comum: em locais distantes e pouco acessíveis, não é viável o transporte e o armazenamento de leite fresco, que estraga rapidamente”, dizia a mensagem de um apoiador que Bolsonaro repassou a seus seguidores no aplicativo Telegram.

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