O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, avisou a equipe que deve ser exonerado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. A data da exoneração não é certa, mas, em plena pandemia da covid-19, o clima é de despedida entre funcionários da pasta.
Também não está confirmado o sucessor a Mandetta. Uma solução provisória, segundo integrantes do governo, seria colocar o "número 2" do ministério, João Gabbardo, no cargo de ministro. A leitura é de que a troca seria menos traumática para o momento que apostar no deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), que é radicalmente contra a estratégia de isolamento social para combater a doença, como hoje defende o ministério.
Gabbardo foi secretário de saúde de Terra na década de 90, quando o agora deputado era prefeito de Santa Rosa (RS). O "número 2" do ministério tem ainda bom diálogo com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni (DEM), e é visto como um apoiador de Bolsonaro, para quem fez campanha em 2018.
Entre funcionários do ministério e na indústria da saúde circula uma lista de possíveis nomes para substituir Mandetta. Além de Gabbardo e Terra são citados:
- Antonio Barra Torres - médico, contra-almirante e presidente substituto da Anvisa;- Ludhmila Hajjar - diretora de Ciência e Inovação da Sociedade Brasileira de Cardiologia;
- Claudio Lottemberg - Presidente do Conselho do Hospital Israelita Albert Einstein;
- Nise Yamaguchi - Oncologista e imunologista defensora do uso da cloroquina para pacientes com sintomas leves da covid-19
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