O presidente Jair Bolsonaro recomendou, neste domingo, que todos os políticos do Brasil saiam às ruas e cumprimentem as pessoas para, na avaliação dele, entender a realidade do País nesses tempos de coronavírus. A recomendação do presidente contraria as orientações do Ministério da Saúde, que, na tarde de hoje, divulgou que o número de contaminações pelo novo coronavírus chegou a 4.256 e o total de mortes por covid-19 subiu para 136.
Em um vídeo postado nas redes sociais, Bolsonaro comentou o tour realizado por ele nas redondezas de Brasília na manhã de hoje. "Agora pouco estive em Ceilândia e Taguatinga. Fui ver na ponta da linha como está o nosso povo. E em especial os informais, os mais atingidos por essa onda de desemprego. Uma experiência que recomendo a todos os políticos do Brasil", disse o presidente.
O passeio por Brasília ocorre no dia seguinte a reunião tensa entre o presidente e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que alertou o Planalto sobre a gravidade da situação: “Estamos preparados para o pior cenário, com caminhões do Exército transportando corpos pelas ruas? Com transmissão ao vivo pela internet?”, questionou.
Em outro momento, Mandetta deixou claro que, se o presidente insistisse em ir às ruas, seria obrigado a criticá-lo. E Bolsonaro rebateu que, nesse caso, iria demiti-lo. Em entrevista coletiva no sábado, 28, o ministro da Saúde foi incisivo e condenou atos pela abertura do comércio e disse que "os mesmos que fazem carreata vão ficar em casa daqui a duas semanas".
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