O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira, 9, em evento no município de Breves (PA), na Ilha de Marajó, que o auxílio emergencial do governo "não é para sempre". O chefe do Executivo repetiu que o benefício é pouco para quem recebe, mas pesa no Orçamento da União. Ele destacou que com as medidas do Executivo, o País deve "brevemente" retornar à normalidade.
"O auxílio emergencial não é para sempre. Tenho isso na cabeça. É um momento. Até porque é caro demais para a União. É até pouco para quem recebe, reconheço, mas caro demais para a União", disse o presidente durante discurso. Nesta semana, o auxílio voltou a ser destaque com especulações sobre sua possível prorrogação. O ministro da Economia, Paulo Guedes, contudo, negou que o benefício possa ser estendido até o ano que vem.
Também nesta sexta, Bolsonaro acompanhou um atendimento para entrega do auxílio emergencial a um cidadão na agência-barco da Caixa atracada no porto de Breves. Ele ressaltou que o governo tem feito todo o "possível para minimizar a dor e em especial o sofrimento dos mais humildes" e voltou a criticar a política de isolamento adotada durante a pandemia da covid-19.
"Sabemos os efeitos dessa pandemia, lamentavelmente alguns obrigaram vocês a ficarem em casa, eu não tive participação nisso por decisão do Supremo Tribunal Federal", disse.
Em abril, o STF decidiu que Estados e municípios tinham autonomia para executar as medidas necessárias para conter o avanço do novo coronavírus. A decisão da Corte, contudo, não retirou da União a responsabilidade pelas ações de combate à pandemia.
Bolsonaro ainda participou da apresentação de ações do programa Abrace o Marajó, lançado em março deste ano pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. O governo também anunciou novos pontos de ligação de energia e de conexão de internet para a região. Na live semanal de quinta-feira, o presidente citou que os investimentos direcionados ao Marajó ultrapassam R$ 1 bilhão.
Acompanharam o presidente, entre outras autoridades, os ministros Bento Albuquerque (Minas e Energia), Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), Marcelo Álvaro Antônio (Turismo) e Fabio Faria (Comunicações), além do presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, do secretário da Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, e da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
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