Um dia antes de ser sabatinado pelo Senado para assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), o desembargador Kássio Nunes Marques disse estar confiante. “Eu tenho fé em Deus”, afirmou ele ao Estadão, após conversar com senadores, em busca de apoio. Marques depende de no mínimo 41 votos favoráveis, de um total de 81 senadores, para ser aprovado na sabatina, nesta quarta-feira. “Será um dia longo”, previu.
Apesar das inconsistências apresentadas no currículo de Marques, reveladas pelo Estadão, ele deverá ter o apoio da maioria dos senadores para ocupar a cadeira do decano Celso de Mello, que se aposentou no último dia 13. Nesta terça-feira, 20, o desembargador se reuniu com os senadores Jorginho Mello (PL-SC) e Lasier Martins (PODE-RS)
Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para a vaga de Celso de Mello, Marques vai ser sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, depois, terá o nome submetido ao plenário do Senado. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), assumiu a dianteira da articulação política para garantir a aprovação do nome do desembargador, que teve a chancela do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente.
A indicação de Marques chegou a ser questionada por aliados de Bolsonaro nas redes sociais, mas ganhou apoio do Centrão. Bolsonaro bancou a escolha e declarou que quer um ministro do Supremo alinhado com ele e com quem possa tomar “tubaína”.
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