O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou nesta segunda-feira, 1.º, que o presidente Jair Bolsonaro não pretende demitir o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Segundo Rêgo Barros, não há previsão de novas demissões de ministros.
Nos primeiros seis meses de governo, três caíram. O primeiro foi Gustavo Bebianno, que comandava a Secretaria-Geral da Presidência, o segundo, Ricardo Vélez Rodríguez, no Ministério da Educação. A última exoneração foi a de Carlos Alberto dos Santos Cruz, que chefiava a Secretaria de Governo.
- Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão ConteúdoOnyx Lorenzoni
Onyx vem sendo alvo de “fritura” no governo desde que perdeu o comando da articulação política e a supervisão da Subchefia para Assuntos Jurídicos. Neste domingo, o Estadomostrou que Onyx enfrenta uma queda acentuada e contínua no número de reuniões com parlamentares, ministros e até mesmo com o próprio presidente. Em abril, por exemplo, o ministro chegou a participar de ao menos 19 reuniões com Bolsonaro. Em junho, o número despencou para três.
O futuro do ministro é incerto. Bolsonaro transferiu a articulação política da Casa Civil para a Secretaria de Governo há 12 dias. Agora, o responsável pela negociação do Palácio do Planalto com o Congresso será o general Luiz Eduardo Ramos, que assumirá nesta semana a Secretaria de Governo no lugar de Santos Cruz.
A Casa Civil também perdeu a Secretaria para Assuntos Jurídicos, que faz a análise de decretos e projetos de lei, além do comando da Imprensa Nacional. Oficialmente, o governo Bolsonaro defende Onyx e ressalta que, apesar da desidratação de sua pasta, ele ficou com o comando do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), que concentra as concessões de infraestrutura do governo e planos de desestatizações. Na prática, porém, as concessões são tocadas pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
Bolsonaro convida Onyx para ver jogo do Brasil contra Argentina
O presidente Jair Bolsonaro, convidou Onyx para assistir com ele à semifinal da Copa América entre Brasil e Argentina, no Mineirão, em Belo Horizonte (MG), nesta terça-feira, 2. O ministro ainda não confirmou se vai.
Esta será a quarta ida de Bolsonaro a estádio como presidente. No dia 6 de junho, ele assistiu à vitória da seleção brasileira de futebol contra o Catar, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. Seis dias depois, no mesmo estádio, acompanhou, ao lado do ministro da Segurança Pública, Sérgio Moro, o jogo entre CSA e Flamengo. No dia 14 de junho, Bolsonaro foi ao estádio do Morumbi para assistir à partida de abertura da Copa América entre Brasil e Bolívia.
Ainda como presidente eleito, Bolsonaro foi convidado pelo Palmeiras para entregar aos jogadores o troféu de Campeão Brasileiro em dezembro. Torcedor da equipe, ele foi convidado pela diretoria alviverde para ir ao Allianz Parque, em São Paulo, e acompanhar a partida contra o Vitória no camarote da presidência do clube.
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