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Bolsonaro diz que sargento da Aeronáutica preso ‘vai pagar um preço alto’

Em live, presidenta afirma que ‘se fosse na Indonésia’, militar brasileiro pegaria ‘pena de morte’.

Em transmissão ao vivo pelo Facebook, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o sargento Manoel Silva Rodrigues, da Força Aérea Brasileira (FAB), “pagará um preço alto” por ter sido flagrado transportando 39 quilos de cocaína em um avião da comitiva presidencial que acompanha Bolsonaro em viagem internacional.

“Lamento por esse elemento, que, pelo que parece, está envolvido nisso há algum tempo, porque ninguém vai levar 39 quilos numa primeira viagem”, disse o presidente, afirmando em seguida que o sargento já havia participado de comitivas de governos anteriores.


  • Foto: Aloisio Mauricio/FotoArena/Estadão ConteúdoJair BolsonaroJair Bolsonaro

“Na primeira viagem nossa ele deu azar, ‘créu’. É melhor ‘Jair’ se acostumando, porque conosco é assim”, afirmou o presidente, que disse também ser “brincadeira” tentar associá-lo ao caso.

Bolsonaro disse que o sargento está sendo investigado e que o Brasil está colaborando com o governo da Espanha, onde ele foi detido. “Esse elemento, se for preso no Brasil, vai pegar 30 anos de cadeia”, disse. “Se fosse na Indonésia, pegaria pena de morte”, afirmou depois.

A FAB impõs sigilo na investigação e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou que as Força Armadas não admitem ‘criminosos entre nós’.

O sargento foi preso na terça-feira, no aeroporto de Sevilha, na Espanha, por suspeita de envolvimento em transporte de drogas. Rodrigues fazia parte da comitiva de 21 militares que acompanha a viagem do presidente Jair Bolsonaro a Tóquio, no Japão, onde participa da reunião do G-20.

A Guarda Civil espanhola informou que foram encontrados 39 kg de cocaína com o sargento, escondidos numa maleta e divididos em pacotes. O sargento, de 38 anos, foi preso em flagrante e permanece detido no prédio da Guarda Civil, enquanto que os demais passageiros do avião seguiram a viagem para Tóquio.

O avião em que estava o militar é usado como reserva da aeronave presidencial e, portanto, a comitiva da qual o sargento fazia parte não estava no mesmo avião que transportou Bolsonaro de Brasília para o país asiático na noite de terça-feira.

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