O deputado Nerinho (PTB) defendeu em entrevista ao GP1 que a distribuição de cargos para os partidos no governo de Wellington Dias (PT) após a reforma administrativa, aconteça levando em consideração os partidos com maior bancada. Ele ainda destacou que o governador ainda não tem tratado sobre o assunto com os aliados.
Membros de alguns partidos defendem que a distribuição dos cargos no governo aconteça com base na representatividade dos partidos, ou seja, quanto maior a bancada, mais cargo a legenda teria. Para Nerinho, esse tipo de distribuição é justa.
- Foto: Lucas Dias/GP1Deputado estadual Nerinho
“O meu pensamento pessoal, é que até onde possa se pode fazer política, pode se estabelecer esse critério, mas tem áreas que são de estrita confiança do governador, então nesse caso não tem como fazer política. Creio eu, que o governador não irá colocar para negociação com os partidos, a secretaria de Finanças, de Planejamento, de Governo, porque são de cunho pessoal do governador, são coisas que precisam ter uma afinidade muito grande com ele. Agora eu sempre defendi a tese, de que não é justo, o MDB que tem seis deputados ter o mesmo quinhão do PRB, por exemplo, então acho que tem que aguardar as proporcionalidades. Na eleição passada o PTB tinha cinco deputados estaduais, e ocupou praticamente cinco secretarias. Hoje só temos dois, houve um encolhimento. Então esse critério tem que ser estabelecido para todos os partidos, não pode ter favorecimento para nenhum, se governador fizer isso, ele estará sendo justo e terá nosso total apoio”, defendeu o parlamentar.
O deputado estadual Nerinho explicou que essa negociação de cargos correrá apenas após a reforma administrativa ser aprovada e destacou que o governador tem evitado fazer qualquer tipo de conversa nesse sentido.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1Governador Wellington Dias
“Tenho convicção que não teve conversa com o PTB, nem com o PP, MDB ou até mesmo com o PT. O governador já disse e foi bem enfático nas reuniões, que ele só trata desse questionamento sobre ocupação dos cargos de qualquer partido, depois que for aprovada a reforma. Até seria deselegante, o governador chegar para um parlamentar para dizer que partido ‘A’ vai ocupar determinada secretaria, mas nesse órgão ocorrer depois a extinção”, destacou.
O parlamentar explicou que como muitos cargos serão extintos, será necessário aguardar como ficará o governo. “Vão ser extintas 29 superintendências, fora a diminuição dos cargos terceirizados, sendo que algum parlamentar ainda pode colocar uma emenda, então só depois que for aprovada no plenário e for sancionada, é que o governador vai conversar. Tenho certeza que ele não conversou com nenhum partido, e essa tem sido a postura do governador, o que tem sido muito correto”, defendeu o deputado Nerinho.
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