O ex-presidente Michel Temer pediu que fosse consignado no termo de audiência na Polícia Federal, nesta sexta-feira, 22, que considera a investigação que o prendeu um "rematado absurdo"
Aprisionado na PF do Rio desde quinta-feira, 21, Temer iria depor nesta sexta, 22, mas preferiu ficar em silêncio sob argumento de que não teve acesso às mais de 5 mil páginas dos autos da Operação Descontaminação, desdobramento da Lava Jato que lhe atribui o papel de líder de organização criminosa há mais de 40 anos.
- Foto: Eduardo Camim/Agência O Dia/Estadão ConteúdoMichel Temer
Mesmo preferindo ficar calado, o ex-presidente pediu ao delegado para consignar no termo da audiência que "não acha conveniente falar nesse momento até porque a decisão judicial e a manifestação do Ministério Público Federal o colocaram como chefe de quadrilha, inclusive num período em que não exercia função pública".
Temer assinalou que a acusação de que "amealhou R$ 1,8 bilhão é um rematado absurdo".
MPF
A procuradora Fabiana Schneider informou nesta tarde que Temer optou por ficar calado em seu depoimento por orientação de seus advogados.
João Batista Lima filho, o coronel Lima, que seria o braço direito do ex-presidente na suposta organização criminosa chefiada por ele, tampouco falou com os procuradores. Ele também alegou orientação dos advogados.
O ex-ministro e ex-governador Moreira Franco foi o único a prestar depoimento. Segundo Schneider, ele negou o esquema de propinas.
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