A Executiva Nacional do PT divulgou uma nota no início da tarde desta terça-feira, 28, na qual afirma que vai apresentar uma representação ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra o responsável pela ação que pede a condenação do ex-prefeito Fernando Haddad, candidato a vice-presidente na chapa do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, por enriquecimento ilícito.
Na nota, a cúpula petista diz que setores do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) são "politicamente comprometidos" com o PSDB, partido que governa o Estado desde 1995.
De acordo com o partido, a ação na qual Haddad é acusado de ter "pleno domínio" sobre o suposto de pagamento de uma dívida de R$ 2,6 milhões de sua campanha pela UTC, empreiteira investigada pela Lava Jato, e pede entre outras coisas a suspensão dos direitos políticos do ex-prefeito é "tão falsa, irresponsável e facciosa quanto as que foram apresentadas por outros membros do MPSP contra o presidente Lula - e que mesmo provocando uma onda de publicidade negativa acabaram rejeitadas pela Justiça."
Candidato a vice, Haddad é o mais cotado para substituir Lula, caso a Justiça Eleitoral aceite um dos 16 pedidos de impugnação da candidatura do petista à Presidência da República.
Segundo o PT, a ação do MPSP contra Haddad é mais uma tentativa dos setores "sem voto" da sociedade de apelar para o "tapetão judicial" com "acusações sem prova' com o objetivo de impedir que o partido vença a quinta eleição presidencial consecutiva.
A íntegra da nota do PT pode ser conferida abaixo.
"Incapazes de convencer pelas propostas e de vencer através do voto, os adversários da chapa Lula-Haddad e do povo brasileiro apelam mais uma vez para o tapetão judicial, com acusações sem provas para fazer escândalo na mídia.
O último ataque do Ministério Público de São Paulo ao vice Fernando Haddad é mais uma prova de que setores da instituição são politicamente comprometidos com o PSDB, partido que sustenta o governo golpista de Temer e que vem de quatro derrotas seguidas nas urnas.
A denúncia apresentada ontem (27) contra o ex-prefeito é tão falsa, irresponsável e facciosa quanto as que foram apresentadas por outros membros do MPSP contra o presidente Lula - e que mesmo provocando uma onda de publicidade negativa acabaram rejeitadas pela Justiça.
Além de defender a inocência do nosso candidato a vice-presidente, falsamente acusado em plena campanha eleitoral, o Partido dos Trabalhadores vai apresentar mais uma representação ao Conselho Nacional do Ministério Público para responsabilizar a ação partidária e política de membro do MPSP.
Este é o método dos que pretendem chegar ao poder sem ter voto: manipular setores dos sistema judicial, com a cumplicidade da imprensa, para tentar impedir que os candidatos do povo se apresentem nas eleições. Já esperávamos por esse tipo de manobra, principalmente depois das últimas pesquisas que mostram a possibilidade de Lula vencer no primeiro turno.
Não bastaram a prisão injusta do Lula, a exclusão de debates e do noticiário, o rol de julgamentos e medidas de exceção contra Lula para tentar tirá-lo das eleições. A ação do MPSP é complemento do golpe contra o povo brasileiro. Querem privá-lo dos meios democráticos para mudar a situação. Querem perpetuar o desemprego e a perda de direitos, querem elevar ao máximo os lucros extraordinários e os privilégios. Querem roubar a esperança do povo.
Contra toda fraude judicial, contra a mentira da imprensa golpista, contra a retirada dos direitos, nosso povo reage bravamente e declara voto em Lula e Haddad em escala crescente que assombra os poderosos.
Está chegando a hora da virada! Lutamos sempre em condições duras e desfavoráveis, como é a luta do povo contra o sistema de poder dos ricos. Quanto maior o desespero dos poderosos, maior a certeza que estamos no caminho da Justiça e da democracia.
Venceremos!
Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores"
Política
PT vai ao CNMP contra promotor de ação sobre Fernando Haddad
Na nota, a cúpula petista diz que setores do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) são "politicamente comprometidos" com o PSDB, partido que governa o Estado desde 1995.
Por Estadão Conteúdo
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