Bárbara Rodrigues
Os dois empréstimos firmados pelo Governo do Piauí com a Caixa Econômica Federal têm causado muita dor de cabeça ao governador Wellington Dias (PT). As críticas da oposição são constantes, alegando que a primeira parcela dos R$ 600 milhões, cerca de R$ 315 milhões, não foram aplicados em obras e que houve desvio de finalidade.
Em decisão do dia 2 de maio, o Tribunal de Contas da União (TCU), atendeu a uma representação do deputado Rodrigo Martins (PSB) e determinou que sejam suspensos os repasses dos dois empréstimos até que as irregularidades verificadas na prestação de contas da primeira parcela sejam sanadas.
Questionado pelo GP1 se o posicionamento da oposição em relação ao empréstimo tem como objetivo prejudicar o seu mandato em ano de eleição, o governador afirmou que quando atuava na oposição, sempre buscava conseguir mais recursos e não barrar os investimentos.
- Foto: Lucas Dias/GP1
Governador Wellington Dias
“Eu não sei qual é o objetivo. Eu digo que eleição é apenas um momento na história. Um ganha e outro perde, enfim, sempre um processo de disputa. Agora eu acho que ninguém pode pensar, tanto governo, como oposição, não se pode deixar de pensar no seu compromisso com a população, que é o de mais investimento. Eu ficaria muito feliz, de ver no meu Piauí, como eu mesmo fiz como parlamentar, uma oposição trabalhando para mais investimento”, explicou.
Ele afirmou que toda essa situação com a oposição é lamentável. “Se o governo conseguiu R$ 315 milhões e eles [oposição] estão do lado do Temer, então [o certo] seria conseguir R$ 700 milhões ou R$ 1 bilhão. Acho que assim ganharia o povo. Do jeito que estão fazendo não é o Welington Dias o prejudicado, é o povo. E isso é lamentável”, disse.
O governador acredita que a população consegue entender o que está acontecendo e disse que a verdade vai aparecer. “Creio que a população começa a compreender que é correto fiscalizar para que tudo possa ocorrer dentro da lei. O fato concreto é que mais cedo ou mais tarde a verdade irá prevalecer. A verdade é que aplicamos os recursos, prestamos contas dentro da lei, e vamos ter a liberação dessas parcelas que precisamos”, finalizou.
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