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Ciro Nogueira depõe e pede devolução de dinheiro apreendido pela PF

O parlamentar afirmou ainda que após o depoimento pediu ao delegado e ao ministro Edson Fachin para que a ação se torne pública.

O senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas, voltou a falar sobre a operação da Polícia Federal que cumpriu mandados de busca e apreensão em residências e gabinete do parlamentar, no dia 24 de abril. A entrevista foi dada ao Jornal Agora, da TV Meio Norte, na tarde desta quarta-feira (02).

Ciro explicou que logo que voltou de viagem foi até a Polícia Federal depor: “Eu estava em missão oficial quando ocorreu essa operação da PF e eu quis, antes de me manifestar, até em respeito à própria Polícia Federal, ao Ministério Público e à Justiça, procurar depor o mais rapidamente possível, pedi para o advogado e já ficou agendado para a própria segunda-feira [30], para que eu pudesse ter acesso e prestar os esclarecimentos devidos e ver o que realmente motivou essa operação”, relatou.


O parlamentar afirmou que, após o depoimento, pediu a publicidade da ação, além de ter ficado a certeza que ele não tem nada a temer: “Ao depor na Polícia Federal eu pedi que o delegado, e estamos entrando também no ministro Fachin, para que torne pública essa ação para que as pessoas possam ver que não existe a menor sombra de dúvida, não existe uma vírgula que possa ter participação do senador Ciro ou de qualquer pessoa ligada a ele cometendo algum crime nessa operação. Isso vai ficar bem claro quando sair o resultado desse inquérito, se alguém for denunciado, vocês vão ver que o senador Ciro estará ileso e que vai passar totalmente sem o menor tipo de culpa nesse caso, que me criou um grande constrangimento, mas ao depor na PF nos deu a certeza que nós não temos nada a temer e a dever nessa situação”, garantiu.

Ele afirmou ainda que os R$ 200 mil que foram apreendidos são declarados e disse também que já pediu a devolução do dinheiro: "Tudo está totalmente declarado, seja na nossa declaração de imposto de renda, seja da saída das empresas, e hoje mesmo já estamos solicitando a devolução desse recurso para as nossas contas", explicou.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Ciro Nogueira Ciro Nogueira

O Progressista se disse ainda vítima de excessos: “Nós estamos vivendo, hoje, um momento diferente no nosso país, no passado, nós não tínhamos investigação nenhuma, não tinha denúncia nenhuma, hoje, nós estamos o inverso, estamos tendo excesso de algumas situações e eu prefiro até pecar por excesso, estamos num momento que devemos prestar contas e esclarecer, por mais que eu me sinta injustiçado eu prefiro que haja esse tipo de operação do que como era no passado que não tinha, eu acho que é melhor o excesso de democracia do que a falta de democracia, é melhor o excesso de investigação do que a falta de investigação, mas infelizmente eu fui vítima de um excesso”, afirmou.

Questionado se ele acredita que há algum grupo político por trás dessa operação, o Ciro respondeu: “Nós temos que respeitar as instituições, seja o Ministério Público, a Polícia Federal, e acreditar. A posição que eu assumi em Brasília não é pra um senador do Piauí, e isso incomoda muita gente, acho que muita gente trabalha para que um senador do Piauí não tenha sucesso, para que as coisas não possam acontecer no nosso estado, mas nós vamos enfrentar e esse tipo de situação só faz nos dar mais força ainda para trabalhar pelo estado, para trabalhar bem pelo Piauí”, declarou.

Já em relação ao ex-assessor do senador que está colaborando com a investigação, ele disse que: “Uma pessoa que trabalhou a primeira vez ainda como deputado há muito tempo atrás, era um 'faz tudo' lá, quando as coisas chegarem e ficarem bem claras vocês vão ver. É uma pessoa que eu tenho que respeitar, não quero denegrir a imagem de ninguém. Acho que o instrumento da delação foi muito importante no nosso país, mas o delator está delatando para fugir de uma pena, ele quer acusar alguém para poder ser absolvido, temos que respeitar e confiar no trabalho do MP e da PF para que seja esclarecido, mas também que esses criminosos não saiam impunes com mentiras, invenções, se for ler o depoimento é o mais absurdo possível, porque é nada com coisa nenhuma, mas temos que ter tranquilidade, no momento correto tenho certeza que os órgãos de investigação vão apresentar as denúncias e dizer quem é inocente", asseverou.

O senador também falou se essa investigação vai atrapalhar no trabalho que é realizado no Estado: “Isso não vai acontecer. O que eu recebi de ligações, de manifestações, de pessoas, de lideranças e principalmente da população, que é a beneficiária desses recursos, nós nunca tivemos no nosso estado nenhum homem público que levou tantos recursos na nossa história, que beneficiou tanto a vida de tantas pessoas. Isso não agrada muita gente do próprio estado, que não trabalha, muita gente que só passa 24 horas do dia tentando evitar que as coisas aconteçam no nosso estado, tentando atrapalhar a administração do Wellington, do Firmino, eu tenho procurado de todas as formas, independente de partido político, nós temos beneficiado os 224 municípios, a prefeitura da Capital nunca recebeu tantos recursos, tenho certeza que sou o principal parceiro do governador Wellington para que ele consiga manter as contas em dias, e não é fácil, isso não vai diminuir o nosso trabalho”, assegurou.

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