De acordo com investigação da Revista Veja, integrantes do Ministério do Trabalho fizeram um acordo com um empresário e dois lobistas para emitir um registro de um sindicato patronal. O valor acertado pelos funcionários públicos foi de R$ 4 milhões.
O deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO) teria recebido parte do dinheiro. O Solidariedade também teria recebido repasses. O PTB tem indicações dos principais cargos na pasta e Leonardo Arantes, secretário-executivo da pasta, é sobrinho de Jovair.
- Foto: DivulgaçãoMinistério do Trabalho e Emprego
O PTB de Roberto Jefferson ficou responsável por indicações no Ministério do Trabalho. Em dezembro de 2017, o petebista Ronaldo Nogueira pediu demissão e a filha de Jefferson, a deputada Cristiane Brasil foi indicada a assumir o cargo. Com os imbróglios sobre a posse de Brasil no Ministério, o partido abriu mão do nome da deputada e indicou Helton Yomura para permanecer na pasta como ministro interino.
A Revista Veja teve acesso às gravações entre o dono de uma pequena transportadora, Afonso Rodrigues e Carvalho, e o presidente do Sintrave, devido a um processo que estava parado no Ministério do Trabalho. O empresário contatou a lobista Verusca Peixoto da Silva, que o apresentou para Silvio Assis.
Afonso gravou a conversa com o Verusca, que lhe entregou um documento. “A gente vai ter que envolver o deputado Jovair”, disse a lobista. O empresário questionou se era o deputado Jovair Arantes e Verusca confirmou: “É... O Jovai restá junto com a gente, porque ele tem força e por ser do meu estado de Goiás. Eles tinham feito um cálculo. Eles tinham pedido 500 mil para pagar a parte técnica, para pagar as pessoas envolvidas lá e uma ponta para o Jovair. E 2,5 (milhões de reais) quando sair”.
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