A Câmara dos Deputados decidiu, na noite desta quarta-feira (02), arquivar denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer pelo suposto crime de corrupção passiva. Temer foi denunciado, em junho, ao Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva com base das delações de executivos do grupo J&F, que controla a JBS.
- Foto: GP1Deputados piauienses
Dos 10 deputados piauienses, apenas três votaram a favor do prosseguimento da denúncia: Rodrigo Martins (PSB), Silas Freire (Podemos) e Assis Carvalho (PT). O deputado Marcelo Castro (PMDB) não compareceu à votação.
Os demais deputados Átila Lira (PSB), Heráclito Fortes (PSB), Iracema Portella (PP), Mainha (PP), Paes Landim (PTB) e Júlio César (PSD) votaram a favor do relatório da CCJ, ou seja, pelo arquivamento denúncia contra o presidente. O deputado Paulo Abi-ackel (PSDB-MG) apresentou relatório pela rejeição da denúncia contra Temer por entender que a gravação realizada por Joesley Batista, do grupo JBS, não foi feita de forma lícita e questionar o motivo do empresário ter gravado a conversa com o presidente Temer.
Os votos
Na hora de votar, os deputados que decidiram pelo seguimento da denúncia defenderam as investigações pelo Supremo. Silas Freire afirmou que “as instituições é que devem dizer se Temer deve ser condenado, por isso eu voto pela continuidade das investigações”. Já Assis Carvalho afirmou que quer que o presidente “Temer vá fazer companhia a Eduardo Cunha [que está preso]”. Rodrigo Martins disse que o “Brasil precisa ser passado a limpo”.
Dos parlamentares que votaram pelo arquivamento da denúncia, a maioria afirmou que pelo bem do Brasil, seria melhor que não houvesse a saída de mais um presidente. Átila Lira disse que está “vendo uma retomada da economia, pela estabilidade, eu voto com o relatório da CCJ. Voto sim [pelo arquivamento]”. Já Paes Landim disse que “fazendo o juízo político e por um mínimo de estabilidade ao país, e pelas reformas, eu voto pela suspensão do processo, que terá continuidade no final do seu mandato”.
O voto de Marcelo Castro era aguardado, já que ele não havia se posicionado claramente sobre a sua decisão. Ele foi chamado duas vezes para prestar o seu voto, mas não compareceu.
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