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Política

Banco Central bloqueia R$ 606 mil de Lula por ordem de Moro

Foram bloqueados R$ 397.636,09 no Banco do Brasil, R$ 123.831,05 na Caixa Econômica Federal, R$ 63.702,54 no Bradesco e R$ 21.557,44 no Itaú.

Nesta terça-feira (18), o Banco Central bloqueou R$ 606.727,12 de contas bancárias do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após determinação do juiz Sérgio Moro. Além disso, foram confiscados três apartamentos, um terreno, em São Bernardo do Campo (SP), e dois carros.

Foram bloqueados R$ 397.636,09 no Banco do Brasil, R$ 123.831,05 na Caixa Econômica Federal, R$ 63.702,54 no Bradesco e R$ 21.557,44 no Itaú.


  • Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão ConteúdoLulaLula

O pedido de bloqueio foi feito pelo Ministério Público Federal, em outubro de 2016, antes da sentença que condenou o ex-presidente. O despacho em que Moro autorizou o bloqueio do dinheiro é de 14 de julho deste ano com o objetivo de garantir “a reparação dos danos decorrentes do crime”.

Segundo Moro, ficou reconhecido que o contrato entre o Consórcio CONEST/RNEST gerou cerca de R$ 16 milhões em vantagem indevida a agentes do PT. Ainda conforme o juiz, dessa quantia, R$ 2.252.472,00 foram para o ex-presidente por meio do apartamento triplex.

Dos R$ 16 milhões, o juiz descontou o valor do triplex, dos três apartamentos, do terreno e dos dois carros e determinou que a diferença fosse confiscada de contras bancárias até o limite de R$ 10 milhões.

Condenação

O ex-presidente Lula foi condenado a 9 anos e 6 meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em ação penal que envolve o caso da compra e reforma de um apartamento triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo. O ex-presidente negou as acusações.

Também foram condenados Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS (10 anos de 8 meses de prisão) e Agenor Franklin Magalhães Medeiros, ex-executivo da OAS (6 anos de prisão). Paulo Gordilho (arquiteto e ex-executivo da OAS), Paulo Okamotto (presidente do Instituto Lula), Fábio Hori Yonamine (ex-presidente da OAS Investimentos) e Roberto Moreira Ferreira, ligado à OAS foram absolvidos.

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