Em delação premiada, a mulher do marqueteiro João Santana, Mônica Moura afirmou que a ex-presidente Dilma Rousseff e o casal tinham um e-mail com nome fictício que era usado para troca de mensagens sobre as investigações da Operação Lava Jato. Ainda segundo Mônica, foi por este e-mail, que a petista avisou do avanço das investigações da Lava Jato sobre os dois.
O Supremo Tribunal Federal (STF) já homologou a delação premiada do casal.
Segundo informações obtidas pela GloboNews, o e-mail foi criado em 2015 devido à preocupação do avanço da Lava Jato e Dilma queria um canal de comunicação seguro com o casal. Monica, então, teria criado a conta. Tanto a marqueteira quanto Dilma tinham a senha.
Os três se comunicavam da seguinte forma: não havia envio de e-mails. Quando queriam se comunicar, escreviam e deixavam no rascunho. Liam, apagavam e respondiam no mesmo molde.
- Foto: Estadão ConteúdoMinistros relatarão ações que questionam impeachment de Dilma
Ainda segundo Mônica Moura, Dilma teria avisado ao casal através do e-mail que a Lava Jato estava avançando em relação a eles. Os textos eram mensagens metafóricas.
De acordo com o G1, Monica deu um exemplo aos investigadores da Lava Jato, de como funcionava o esquema. A marqueteira disse que eles receberam uma mensagem de Dilma informando que seu amigo estava doente, em estado quase terminal, e que a mulher que sempre cuidou dele também estava doente.
Para os marqueteiros, os amigos doentes eram eles, e a mensagem cifrada era um recado de Dilma de que as investigações se aproximavam do casal. O computador com a conta de e-mail foi entregue aos investigadores da Lava Jato.
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