Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o presidente Michel Temer justificou a visita do empresário e dono do grupo JBS, Joesley Batista, devido a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. “Quando [Joesley] tentou muitas vezes falar comigo, achei que fosse por questão da [Operação] Carne Fraca”, disse, referindo-se à ação da PF para apurar corrupção envolvendo frigoríficos e funcionários do Ministério da Agricultura.
O encontro entre os dois aconteceu no dia 7 de março, no Palácio do Jaburu, em Brasília. Nessa reunião, Joesley gravou a conversa, onde presidente dá aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Desde que o áudio foi divulgado na semana passada, Temer tentar justificar a razão de ter recebido um investigado em cinco inquéritos da Polícia Federal (PF), fora da agenda oficial, em um encontro noturno.
- Foto: Estadão Conteúdo
Joesley Batista e Michel Temer
O problema na justificativa do presidente Temer, é que a operação Carne Fraca, foi deflagrada dez dias após o encontro entre os dois, no dia 17 de março.
De acordo com a Veja, existe a hipótese de que Temer já sabia da operação antes dela ocorrer, mas seria grave que ele tratasse disso justamente com um dos empresários alvos da investigação.
Em entrevistas após a deflagração da Carne Fraca, o presidente e seus principais auxiliares evitaram se posicionar em um primeiro momento, alegando terem sido surpreendidos com a movimentação da PF e que ainda precisavam se inteirar dos fatos.
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