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Política

Delatora diz que discutiu caixa dois pessoalmente com Dilma

Em depoimento, Mônica afirmou que Dilma deu aval para que o caixa clandestino funcionasse.

Em depoimento ao ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Herman Benjamin, nesta segunda-feira (24), no processo que pode levar à cassação da chapa Dilma-Temer, reeleita em 2014, a marqueteira Mônica Moura, afirmou que conversou pessoalmente com a ex-presidente Dilma Rousseff sobre repasses para a campanha da petista por meio de caixa dois. Mônica fez recentemente um acordo de delação premiada na Operação Lava Jato, junto com seu marido, João Santana.

Segundo a marqueteira, o encontro com Dilma para falar sobre caixa dois aconteceu em maio de 2014, no Palácio do Planalto, em Brasília. Ainda segundo Mônica, os contatos com o PMDB e com o então candidato a vice, Michel Temer, se resumiam a preparações para os programas de TV. Ao ministro Herman Benjamim, ela disse que não conversou sobre valores não contabilizados com Temer.


Durante campanha de 2014, Dilma conversou com Mônica pela primeira vez e ficou acertado que detalhes sobre pagamentos não contabilizados ficariam sob responsabilidade do ex-ministro Guido Mantega, que atuaria como operador do caixa paralelo de campanha.

  • Foto: Tom Vieira Freitas/Fotoarena/Estadão ConteúdoEx-presidente Dilma RousseffEx-presidente Dilma Rousseff

De acordo com a Veja, durante as negociações de delação premiada na Lava Jato, João Santana e Mônica Moura afirmaram que poderiam comprovar que Dilma autorizou as operações de caixa dois de sua campanha. As revelações vão contra a uma versão mais amena de que Dilma apenas sabia do que acontecia nos bastidores das finanças eleitorais.

Ainda em depoimento, Mônica afirmou que Dilma deu aval para que o caixa clandestino funcionasse. Ao ministro do TSE, a delatora garantiu também que a ex-presidente sabia dos pagamentos realizados no exterior por meio de repasses da Odebrecht e afirmou que, uma das conversas, demonstrou preocupação sobre a segurança e vulnerabilidade dos pagamentos fora do Brasil.

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