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Política

Ex-presidente Lula afirma que acusações de Odebrecht são irreais

Em depoimento, Marcelo afirmou ao juiz Sérgio Moro, que ordenou pagamentos de milhões para o "amigo", codinome referente ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante entrevista a uma rádio baiana nesta quinta-feira (13), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a acusção feita por Marcelo Odebrecht é “inverossímil” e “irreal”.

Em depoimento, Marcelo afirmou ao juiz Sérgio Moro, que ordenou pagamentos de milhões para o "amigo", codinome referente ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Primeiro, ele falou sobre um depósito de R$ 35 milhões e depois fala em R$ 40 milhões. A conta, diz Odebrecht, era gerida pelo ex-ministro petista Antônio Palocci.


"É tão inverossímil as acusações, é tão irreal as acusações, que eu não vou rir, nem vou chorar. Eu vou analisar corretamente, vou conversar com os advogados, pegar o processo, ler cada peça do processo para que a gente possa chegar no dia certo e dizer claramente o seguinte: a delação tem que ser provada”, disse Lula.

  • Foto: Paulo Lopes/Futura Press/Estadão ConteúdoEx-presidente LulaEx-presidente Lula

Lula afirmou ainda que Odebrecht aceitou fazer acordo de delação como forma de sair da prisão.

"Ontem, houve mais um absurdo: a delação do Marcelo Odebrecht. Eu até compreendo que o Marcelo está preso há dois anos, até compreendo que ele tem família fora, que ele deve estar comendo o pão que o diabo amassou, que talvez ele esteja tentando criar condições para sair da cadeia", declarou em outro trecho da entrevista.

O ex-presidente disse que está tranquilo e que vai continuar a vida “fazendo política”.

“Eu não posso ficar nervoso, eu não posso perder a cabeça com cada coisa dessa”, disse. “Hoje eu vou conversar com os advogados, vou começar a ler a peça e vou me preparar para o meu depoimento. E a vida continua, vou continuar fazendo política. O dia que alguém provar um erro meu, ou 10 ilícitos na minha vida, eu paro com a política", completou.

Marcelo Odebrecht prestou depoimento na última segunda-feira (10), em uma ação da Operação Lava Jato, que envolve Antônio Palocci, o ex-presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e outros 13 réus. Nesta quarta (12), o juiz Sérgio Moro retirou o sigilo dos interrogatórios dessa ação.

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