Nesta segunda-feira (4) o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que até quarta (6) ou quinta (7) irá saber se possui ou não votos suficientes para a votação da reforma da Previdência na próxima semana. No último fim de semana os líderes da base aliada de Temer se reuniram em Brasília.
O presidente da Câmara acredita que ainda é cedo para discutir as eleições de 2018 e não falou sobre os embates entre o PSDB e o ministro da Fazenda, Henrique Meireles. De acordo com o democrata, sem o apoio do PMDB é impossível aprovar a reforma da Previdência.
- Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoRodrigo Maia
Maia pretende realizar a votação ainda no mês de dezembro. “Acho que, no sábado, eu estava pessimista. Agora estou realista, acreditando que é possível [votar na próxima semana]”, afirmou.
"A gente começou a trabalhar as reuniões de ontem. Foram as melhores reuniões que fizemos, um grupo importante de partidos assumiu compromisso importante de trabalhar as suas bancadas. Isso que vamos fazer até quarta, quinta-feira, para avaliar se temos os votos necessários para reformar a Previdência.”
"Apenas é para organizar isso. Durante 20 anos, todos trabalham até 65 anos de idade. E todos os novos servidores e trabalhadores tenham o mesmo sistema previdenciário. É isso que é o correto e que queremos aprovar na Câmara", continuou.
PSDB
Maia afirmou que o embate de Meireles e PSDB só atrapalha e que sem o partido não há nenhuma condição de aprovar a reforma. "Com todo respeito ao Meirelles, o embate neste momento não colabora, atrapalha. O PSDB é um partido importante, nos ajuda, votou conosco as reformas mais importantes que votamos. Não se deve tratar partido nenhum de forma desrespeitosa. Ninguém. Mas principalmente quem tem convergência ideológica com o nosso tema. Sem o PSDB não temos nenhuma condição de aprovar a Previdência. Se está se trabalhando para se excluir o PSDB, está se trabalhando contra a reforma da Previdência", defendeu Maia.
"Vamos deixar a eleição para 2018, estamos muito longe. A crise política é muito profunda e qualquer tentativa de tratar a eleição neste momento mais atrapalha o que ajuda", disse.
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