Uma declaração do senador Romero Jucá (PMDB-RR) nesta quarta-feira (13) irritou o presidente Michel Temer (PMDB) e a cúpula do Palácio do Planalto. Jucá confirmou o adiamento da reforma da Previdência para fevereiro deste ano, mas o governo negou a informação e disse que ainda trabalha para conseguir os votos necessários.
Líder do governo no Senado, Romero Jucá disse que a decisão para adiamento foi tomada após acordo entre os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O principal motivo é a proximidade com o recesso e a possibilidade de fata de quórum para a votação.
- Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoRomero Jucá
“Por uma combinação entre o presidente Eunício e o presidente Rodrigo Maia hoje será votado o Orçamento federal. Sendo votado o Orçamento, forçosamente, na próxima semana não haverá um quórum da forma que nós queremos para votar a reforma”, disse Jucá.
A declaração pegou o Palácio do Planalto de surpresa que divulgou uma nota negando as informações prestadas por Jucá, explicando que ainda existe a possibilidade de votar a reforma.
Rodrigo Maia ainda tentou neutralizar a situação, afirmando que não foi feito nenhum acordo sobre a reforma. "Não fiz acordo com ninguém. Fiquei de conversar com presidente Michel entre hoje [quarta] e amanhã [quinta] para a gente avaliar se tem condição de votar amanhã ou não. Eu sempre disse que não é fácil", justificou.
- Foto: André Dusek/Estadão ConteúdoMichel Temer
Segundo o Palácio de Planalto, após procedimento cirúrgico realizado nesta quarta-feira, o presidente Temer ainda irá discutir sobre a data que a reforma será votada no Congresso Nacional. “Ele espera ainda para amanhã a leitura da emenda aglutinativa do deputado Arthur Maia sobre a reforma da Previdência”, afirmou a nota.
Confira a nota na íntegra:
Após passar por procedimento cirúrgico em São Paulo na tarde de hoje, o presidente Michel Temer retornará a Brasília nesta quinta-feira (14), com liberação da equipe médica que o acompanha.
Ele espera ainda para amanhã a leitura da emenda aglutinativa do deputado Arthur Maia sobre a reforma da Previdência.
Somente depois disso, o presidente discutirá com os presidentes do Senado Federal, Eunício Oliveira, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a data de votação da proposta.
Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República
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