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Grupo de Cabral monta dossiê contra juiz Bretas, aponta investigação

A montagem de dossiês contra o juiz Marcelo Bretas e sua família foi feita com Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, já na penitenciária.

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, estaria financiando dentro da prisão, uma montagem de dossiês contra o juiz Marcelo Bretas, responsável pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. A investigação sigilosa foi feita pela Polícia Federal.

A denúncia foi feita por alguém do presídio onde Cabral está preso, em Benfica, na Zona Norte do Rio. Segundo a denúncia, publicada no G1, Cabral teria um fundo milionário para financiar uma investigação da vida de integrantes da força-tarefa da Lava Jato no Rio.


A Polícia Federal investigou e concluiu que no dia 26 de setembro, seis dias após a prisão de Cabral, pela Operação Calicute, houve 8 acessos de pesquisa sobre o juiz Marcelo Bretas e sua mulher, também juíza.

"É uma mentira, antes de uma maldade sádica, com claro propósito de criar intriga entre o ex-governador e o magistrado, certamente como forma de incitá-lo a determinar nova transferência para um presídio federal", disse em nota a defesa do ex-governador.

A investigação é sigilosa por conta da segurança de membros da Lava Jato do Rio, do Ministério Público Federal e da Justiça; mas continua em andamento. A PF quer ainda descobrir de onde veio o dinheiro para financiar tais investigações, quem está ajudando Cabral e qual sua intenção.

A força-tarefa da Lava Jato no Rio teve segurança reforçada após as denúncias contra Sérgio Cabral.

  • Foto: Fábio Motta/Estadão ConteúdoSérgio CabralSérgio Cabral

Entenda o caso

Durante uma audiência no dia 23 de outubro, na 7ª Vara Federal Criminal, o ex-governador Sérgio Cabral citou informações sobre a família do juiz Marcelo Bretas. Quando questionado sobre a compra de joias para lavar dinheiro, Cabral afirmou que o juiz devia entender do assunto tendo em vista que a família dele trabalhava com bijuterias.

O Ministério Público pediu a transferência do ex-governador para um presídio federal de segurança máxima e o Departamento Penitenciário Nacional decidiu que Cabral iria para um presídio em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, concedeu uma liminar impedindo a transferência.

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