Em entrevista ao GP1, o vereador Edilberto Borges, o Dudu (PT), defendeu que o PMDB possa ocupar a vaga de vice na chapa encabeçada pelo governador Wellington Dias (PT) nas eleições de 2018. O PMDB já indicou o deputado Themístocles Filho para a vaga, mas há muita resistência por parte do senador Ciro Nogueira, que defende que o PP possa continuar no cargo, que atualmente tem a vice-governadora Margarete Coelho.
A vaga de vice na chapa de Wellington Dias tem gerado grandes discussões na busca de um consenso. O principal problema é porque o PP já possui um representante na chapa majoritária, no caso o senador Ciro Nogueira, que busca reeleição. Só que há interesse do PP em manter a vaga de vice, o que não é aceito por outros partidos da base aliada, como o PMDB.
- Foto: Lucas Dias/GP1Themístocles Filho e Wellington Dias
“O PMDB, na minha opinião, tem sido um partido importante nessa travessia. O PMDB na Assembleia, a maioria absoluta tem sido fiel as propostas do governo. Temos o deputado Marcelo Castro [PMDB], que tem sido fiel desde o primeiro momento, então não podemos ser ingratos. O PMDB tem tamanho para ocupar a chapa majoritária? Tem. O PMDB está reivindicando uma pasta? Está, a de vice. É legítima? É. Se merece? Merece, na minha opinião. O deputado Themístocles tem sido um fiel defensor desse projeto na Assembleia. É um partido grande e cabe dentro da chapa. Já definiram a vice, eu acho que é um bom nome, de bom tamanho, que soma no processo”, afirmou o vereador.
- Foto: Lucas Dias/GP1Vereador Dudu
Críticas à declaração de Ciro
Dudu ainda criticou o posicionamento do senador Ciro Nogueira, que afirmou que uma pesquisa eleitoral era a melhor forma de definir o vice de Wellington. Segundo o senador, se Margarete Coelho aparecer na pesquisa como o melhor nome para ajudar ele e o governador na eleição, então ela deveria ser a candidata.
“Esse negócio de pesquisa eu sou contra, porque lá atrás, se a gente fosse depender de pesquisa o Wellington não tinha concorrido em 2003 e não tinha sido eleito, porque ele estava bem atrás dos outros. Eu não concordo com isso, porque o Ciro não aparece bem nas pesquisas, mas é um nome que vamos estar trabalhando em 2018. Quem tem que estar fazendo a discussão do nome é o próprio partido. Nós queremos é que o PMDB todo, a bancada, os deputados, a força que eles tem estejam comprometidos com esse projeto para 2018. Não cabe a nós a indicação de nome, mas apenas a estratégia. Não é a questão da pesquisa que vai balizar a decisão”, destacou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Ciro Nogueira
Margarete Coelho e Regina Sousa
O vereador defendeu que o partido converse com outros partidos e afirmou que todo partido quer ter seus membros sendo candidatos, mas que é necessário abrir espaço para outros aliados, para conseguir vencer a eleição. Isso afetaria diretamente o PT e PP na composição da chapa majoritária. Enquanto o PP quer manter a vaga de vice com Margarete Coelho, o PT tem a senadora Regina Sousa que tem interesse na reeleição. Em 2018 serão eleitos dois representantes do Piauí ao Senado.
“Todo partido vai querer ocupar o maior número de espaços possíveis. No caso do PT seria bom eleger o Lula, o governador Wellington Dias, eleger uma vice-governadora do PT, todos os deputados federais e estaduais do PT. Esse seria o ideal, mas quando se trata de composição e de discussão com outras forças, é outra história. Eu estava presente na reunião do PP e PT, e o que ficou decidido foi a unidade dos partidos para a eleição do presidente Lula, a reeleição do Wellington Dias e a eleição do senador Ciro. A senadora Regina e a Margarete Coelho são duas lideranças políticas, com grande capital político. Agora está batido martelo que elas serão reconduzidas aos cargos? Não, porque nós vamos discutir com outros partidos. Embora eu defenda a Regina, se for para atrair outras forças, temos que discutir. Não é que eu não concorde, mas se for atrair outros partidos importantes para a nossa composição, eu acho que é importante discutir isso, já que temos duas vagas consolidadas, a do Wellington e do Ciro”, explicou.
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