O Senado Federal aprovou, no início da tarde desta quarta-feira (31), o impeachment de Dilma Rousseff. Eleita com 54,5 milhões de votos em 2014, a petista não chegou nem até a metade do seu segundo mandato
Com a decisão, Michel Temer deve tomar posse definitivamente no cargo de presidente do país, ainda na tarde de hoje, onde deve permanecer até dezembro de 2018. Além disso, o impeachment põe fim a 13 anos de comando do Partido dos Trabalahdores no Brasil, que começou no ano de 2003, com o ex-presidente Lula.
- Foto: Dida Sampaio/Estadão
A ex-presidente Dilma Rousseff responde perguntas de parlamentares durante sessão de julgamento.
Participaram do julgamento 81 senadores. Foram 61 votos favoráveis ao impeachment e 20 contrários. A ex-presidente é acusada de crimes de responsabilidade por cometer pedaladas fiscais que são o atraso no repasse de recursos do Plano Safra a bancos públicos, e pela edição de decretos de créditos suplementares sem aval do Congresso.
Esta é a segunda vez na história do país em que um presidente é cassado. Em 1992, Fernando Collor de Melo, hoje senador, perdeu o mandato sob suspeita de corrupção. Mesmo tendo renunciado ao cargo horas antes do julgamento final, o Senado decidiu concluir a votação, o que culminou na condenação de Collor por crime de responsabilidade.
De acordo com a Folha de São Paulo, a defesa de Dilma Rousseff deve recorrer da decisão alegando vícios no processo, embora, na avaliação de ministros da corte, sejam pequenas as chances de que consiga algum êxito.
Michel Temer deve gravar um pronunciamento à nação ainda nesta quarta-feira. Após a posse, o presidente viaja para a China para o encontro do G-20.
Ver todos os comentários | 0 |