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Política

Anotação cita R$ 3,4 milhões em obra do governo Alckmin

A quantia é destinada para alguém de codinome "Santo".

Segundo reportagem publicada neste sábado (26), no jornal Folha de S. Paulo, foi apreendido um manuscrito no escritório de Benedicto Barbosa Silva Júnior, executivo da Odebrecht, que sugere que houve formação de cartel em obra do governo Geraldo Alckmin (PSDB) em 2002.

A anotação tem como título o nome Mogi Dutra e se refere à obra de duplicação da rodovia. Abaixo do nome aparece escrito “valor da obra = 68,730,00 (95% do preço DER)". Na linha seguinte aparece “custos c/ o santo = 3,436,500". A palavra “santo” aparece escrita após a palavra “apóstolo” ter sido riscada.
Imagem: ReproduçãoManuscrito encontrado no escritório de executivo da Odebrecht(Imagem:Reprodução)Manuscrito encontrado no escritório de executivo da Odebrecht

A expressão “acomodação de mercado” também aparece no manuscrito. Acredita-se que o manuscrito seja sobre empreiteiras que participaram da licitação da obra formando cartel e depois dividiram valores.

A Folha diz ainda que a construtora que venceu a licitação com menor preço (R$ 68.678.651,60) foi a Queiroz Galvão. Ainda segundo a publicação, s outras participantes apresentaram preços acima de R$ 70 milhões;

No manuscrito ainda há outra anotação, com as iniciais da Construtora Norberto Odebrecht (CNO) e o percentual de 19% ao lado. A Folha acredita que esse seja o percentual do contrato que caberia à construtora.

A assessoria de Alckmin afirmou que quem deve se manifestar é quem fez o manuscrito.

"A licitação para a referida obra foi vencida pela empresa Queiroz Galvão. Quem tem que explicar as anotações mencionadas pela reportagem é quem as fez. A licitação para a referida obra foi vencida pela empresa Queiroz Galvão. Como a regra do governo do Estado é a total transparência, o documento foi enviado para apuração da Corregedoria Geral da Administração. Já a partir de segunda-feira, o corregedor-geral, Ivan Agostinho, irá requerer à Polícia Federal permissão para o acesso a depoimentos que esclarecem essas anotações.", diz nota do governo.

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