O deputado Marcos Rogério (PSD-BA), relator do processo que investiga o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética, decidiu acatar as novas petições apresentadas no início do mês contra o parlamentar.
As petições apontam que o presidente da Câmara mentiu mais de uma vez à CPI da Petrobras, quando negou manter contas não declaradas no exterior – contrariada pelo Ministério Público da Suíça.
A nova contradição do presidente da Câmara diz respeito a sua relação com Fernando Baiano, apontado como operador de propinas para o PMDB e alvo da Operação Lava Jato.
Cunha disse aos parlamentares da CPI, me março de 2015, que nunca se reuniu com o lobista Baiano em sua residência, no Rio de Janeiro. Aos investigadores da Polícia Federal, Baiano disse que esteve várias vezes na casa do presidente da Câmara e descreveu a casa do parlamentar na Barra da Tijuca.
A deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ) e o PSOL encaminharam duas petições ao Conselho de Ética para que as evidências de uma segunda mentira sejam anexadas ao processo.
Nesta quinta-feira, em entrevista à Revista Veja, Marcos Rogério disse que os novos fatos serão incluídos ao parecer que pede a abertura de investigação contra Cunha.
"Vou conhecer os novos fatos como aditamento. Como esse pedido se dá ainda dentro da fase de defesa, não há problemas regimentais. Se fosse na fase de instrução seria um outro procedimento. Eu estou admitindo as petições. Na admissibilidade verifica-se se há justa causa para investigar as denúncias, e eu considero que há sim justa causa", disse o relator, que deve protocolar os anexos na próxima segunda-feira (15).
O relator já demonstrou ser favorável à abertura de investigação contra o presidente da Casa. Em dezembro a admissibilidade do pedido foi aprovada, mas Waldir Maranhão (PP-MA), vice-presidente da Casa, anulou a sessão e levou o processo à estaca zero.
O conselho deve fazer uma nova votação. Está prevista para próxima terça-feira (16) uma sessão do colegiado. Espera-se que os aliados de Cunham peçam vista, o que deve arrastar a análise do parecer para o fim de fevereiro.
Imagem: DivulgaçãoMarcos Rogério (PDT) é relator do processo contra Cunha
As petições apontam que o presidente da Câmara mentiu mais de uma vez à CPI da Petrobras, quando negou manter contas não declaradas no exterior – contrariada pelo Ministério Público da Suíça.
A nova contradição do presidente da Câmara diz respeito a sua relação com Fernando Baiano, apontado como operador de propinas para o PMDB e alvo da Operação Lava Jato.
Cunha disse aos parlamentares da CPI, me março de 2015, que nunca se reuniu com o lobista Baiano em sua residência, no Rio de Janeiro. Aos investigadores da Polícia Federal, Baiano disse que esteve várias vezes na casa do presidente da Câmara e descreveu a casa do parlamentar na Barra da Tijuca.
Imagem: Ueslei Marcelin/ReutersEduardo Cunha diz que documento que o associa à propina é "armação"
A deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ) e o PSOL encaminharam duas petições ao Conselho de Ética para que as evidências de uma segunda mentira sejam anexadas ao processo.
Nesta quinta-feira, em entrevista à Revista Veja, Marcos Rogério disse que os novos fatos serão incluídos ao parecer que pede a abertura de investigação contra Cunha.
"Vou conhecer os novos fatos como aditamento. Como esse pedido se dá ainda dentro da fase de defesa, não há problemas regimentais. Se fosse na fase de instrução seria um outro procedimento. Eu estou admitindo as petições. Na admissibilidade verifica-se se há justa causa para investigar as denúncias, e eu considero que há sim justa causa", disse o relator, que deve protocolar os anexos na próxima segunda-feira (15).
O relator já demonstrou ser favorável à abertura de investigação contra o presidente da Casa. Em dezembro a admissibilidade do pedido foi aprovada, mas Waldir Maranhão (PP-MA), vice-presidente da Casa, anulou a sessão e levou o processo à estaca zero.
O conselho deve fazer uma nova votação. Está prevista para próxima terça-feira (16) uma sessão do colegiado. Espera-se que os aliados de Cunham peçam vista, o que deve arrastar a análise do parecer para o fim de fevereiro.
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