Em depoimento à Polícia Federal na última sexta-feira (29), o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, negou ter indicado Renato Duque para o cargo de diretor de Serviços na Petrobras. Dirceu cumpria prisão domiciliar em razão da condenação no processo do mensalão do PT, mas devido à acusação de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, voltou ao regime fechado.
Em março de 2015, durante a 10ª fase da Operação Lava Jato, Renato Duque foi preso pela segunda vez. Duque é acusado de participar do esquema de pagamento de propina para servidores, agentes políticos e partidos. Ele já foi denunciado oito vezes pelo Ministério Público Federal (MPF) e condenado a mais de 20 anos de prisão.
Ao ser questionado pelo juiz Sérgio Moro, Dirceu afirmou que só conheceu Duque depois que ele já era diretor de Serviços da Petrobras e relacionou o nome de Duque ao PSDB, embora não tenha dito que a indicação teria sido feita por tucanos.
“A indicação do senhor Renato Duque decorreu porque setores do PSDB, não vou dizer que foi o senador e ex-governador Aécio Neves porque ele não conversou isso comigo, não pediu isso para mim. A informação que me chegou é que havia uma indicação do PSDB em Furnas que, aliás, é publica e notória em Minas Gerais e no país, [do] seu Dimas Toledo, que é oficial do PSDB. E a indicação do seu Renato Duque prevaleceu neste sentido”, afirmou Dirceu.
Dirceu afirmou que a suposta participação dele na indicação de Duque é relacionada ao fato de que ele era ministro da Casa Civil na época. “Se for assim, doutor, eu indiquei todos os diretores, todos os presidentes de estatais, todos os ministros do governo”, disse.
“Não se pode dizer que eu não tive participação. (...) Eu assumo responsabilidade, mas eu não posso assumir uma responsabilidade que não é minha. Eu só assumo as minhas”, negou ter alguma participação especial na indicação de Duque ao cargo na Petrobras.
Dirceu disse que a base partidária é quem indica pessoas para cargos de ministro e para diretorias estatais e que cabe a Casa Civil receber todas as indicações e analisar antecedentes, competência técnica, folha corrida e interesses políticos envolvidos.
“Ninguém me procurou, não assumi compromisso com ninguém sobre a indicação do Renato Duque”, afirmou Dirceu.
Dirceu disse que nunca houve nenhuma discussão sobre licitações e comissões. “As discussões eram políticas, sobre a empresa do ponto de vista da situação do petróleo, sobre a situação do país, da situação da economia. Nunca tratei sobre comissão”, disse.
Imagem: DivulgaçãoEx-ministro José Dirceu
Em março de 2015, durante a 10ª fase da Operação Lava Jato, Renato Duque foi preso pela segunda vez. Duque é acusado de participar do esquema de pagamento de propina para servidores, agentes políticos e partidos. Ele já foi denunciado oito vezes pelo Ministério Público Federal (MPF) e condenado a mais de 20 anos de prisão.
Ao ser questionado pelo juiz Sérgio Moro, Dirceu afirmou que só conheceu Duque depois que ele já era diretor de Serviços da Petrobras e relacionou o nome de Duque ao PSDB, embora não tenha dito que a indicação teria sido feita por tucanos.
“A indicação do senhor Renato Duque decorreu porque setores do PSDB, não vou dizer que foi o senador e ex-governador Aécio Neves porque ele não conversou isso comigo, não pediu isso para mim. A informação que me chegou é que havia uma indicação do PSDB em Furnas que, aliás, é publica e notória em Minas Gerais e no país, [do] seu Dimas Toledo, que é oficial do PSDB. E a indicação do seu Renato Duque prevaleceu neste sentido”, afirmou Dirceu.
Imagem: Márcia Foletto/O Globo Renato Duque
Dirceu afirmou que a suposta participação dele na indicação de Duque é relacionada ao fato de que ele era ministro da Casa Civil na época. “Se for assim, doutor, eu indiquei todos os diretores, todos os presidentes de estatais, todos os ministros do governo”, disse.
“Não se pode dizer que eu não tive participação. (...) Eu assumo responsabilidade, mas eu não posso assumir uma responsabilidade que não é minha. Eu só assumo as minhas”, negou ter alguma participação especial na indicação de Duque ao cargo na Petrobras.
Dirceu disse que a base partidária é quem indica pessoas para cargos de ministro e para diretorias estatais e que cabe a Casa Civil receber todas as indicações e analisar antecedentes, competência técnica, folha corrida e interesses políticos envolvidos.
“Ninguém me procurou, não assumi compromisso com ninguém sobre a indicação do Renato Duque”, afirmou Dirceu.
Dirceu disse que nunca houve nenhuma discussão sobre licitações e comissões. “As discussões eram políticas, sobre a empresa do ponto de vista da situação do petróleo, sobre a situação do país, da situação da economia. Nunca tratei sobre comissão”, disse.
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