Durante a sessão de abertura dos trabalhos de 2016 do Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ignorou a presença do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que estava à sua esquerda. Cunha é investigado pela Operação Lava Jato e é alvo de um pedido de afastamento do cargo por parto do Ministério Público.
Ao cumprimentar as autoridades, Rodrigo Jantot saudou apenas o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Cardozo foi ao tribunal para representar a presidente Dilma Rousseff.
Em 2015, Eduardo Cunha fez rígidas críticas a Janot e acusou o procurador-geral de perseguição política e aliança com o Executivo para tirá-lo do cargo de presidente da Câmara e evitar o pedido de impeachment de Dilma.
Após o encerramento da sessão solene no Supremo, Cunha foi perguntado se havia ficado constrangido por não ter sido cumprimentado por Janot, mas ele seguiu apressado e em silêncio para seu gabinete.
O procurador-geral se referiu ao senador Renan Calheiros como “presidente do Congresso”, cargo que acumula no Legislativo. Calheiros é investigado em seis inquéritos na Lava Jato, mas nega ter recebido propina do esquema de corrupção.
O ministro da Justiça tentou apaziguar a situação gerada após Janot ignorar a presença de Cunha. Cardozo avalia que as autoridades presentes estavam representando os respectivos poderes e prestaram contas sobre suas atividades.
"Uma questão é a representação da instituição e outra coisa é o mundo dos processos em que as pessoas têm oportunidade de ter seu direito de defesa. E, ao final, a palavra do STF será soberana", desconversou ao ser perguntado sobre o episódio.
Janot aproveitou a sessão para defender a atuação do Ministério Público na Operação Lava Jato e afirmou que busca a “verdade dos fatos, e não de factoides”.
“Por natureza, não compactuamos ou tergiversamos com ilícito, com autoritarismo, com interesse velado. Buscamos, simples e só, de forma clara e objetiva, a verdade dos fatos, e não factoides e o seu enquadramento jurídico. Sem evasivas, sem cortinas de fumaça”, enfatizou.
“A atuação ministerial sempre se pautará pela impessoalidade, juridicidade, apartidarismo, tecnicismo e pela estreita observância dos direitos e garantias fundamentais, em especial daqueles que, chamados pela Justiça, devem responder por seus atos”, completou Rodrigo Janot.
Ao cumprimentar as autoridades, Rodrigo Jantot saudou apenas o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Cardozo foi ao tribunal para representar a presidente Dilma Rousseff.
Imagem: Dorivan Marinho/STF
Eduardo Cunha estava sentado à esquerda de Janot e mesmo assim foi ignorado
![Eduardo Cunha estava sentado à esquerda de Janot e mesmo assim foi ignorado(Imagem:Dorivan Marinho/STF) Eduardo Cunha estava sentado à esquerda de Janot e mesmo assim foi ignorado(Imagem:Dorivan Marinho/STF)](http://www.gp1.com.br/images/eduardo-cunha-estava-sentado-a-esquerda-de-janot-e-mesmo-assim-foi-ignorado-345737.jpg)
Em 2015, Eduardo Cunha fez rígidas críticas a Janot e acusou o procurador-geral de perseguição política e aliança com o Executivo para tirá-lo do cargo de presidente da Câmara e evitar o pedido de impeachment de Dilma.
Após o encerramento da sessão solene no Supremo, Cunha foi perguntado se havia ficado constrangido por não ter sido cumprimentado por Janot, mas ele seguiu apressado e em silêncio para seu gabinete.
O procurador-geral se referiu ao senador Renan Calheiros como “presidente do Congresso”, cargo que acumula no Legislativo. Calheiros é investigado em seis inquéritos na Lava Jato, mas nega ter recebido propina do esquema de corrupção.
O ministro da Justiça tentou apaziguar a situação gerada após Janot ignorar a presença de Cunha. Cardozo avalia que as autoridades presentes estavam representando os respectivos poderes e prestaram contas sobre suas atividades.
"Uma questão é a representação da instituição e outra coisa é o mundo dos processos em que as pessoas têm oportunidade de ter seu direito de defesa. E, ao final, a palavra do STF será soberana", desconversou ao ser perguntado sobre o episódio.
Janot aproveitou a sessão para defender a atuação do Ministério Público na Operação Lava Jato e afirmou que busca a “verdade dos fatos, e não de factoides”.
“Por natureza, não compactuamos ou tergiversamos com ilícito, com autoritarismo, com interesse velado. Buscamos, simples e só, de forma clara e objetiva, a verdade dos fatos, e não factoides e o seu enquadramento jurídico. Sem evasivas, sem cortinas de fumaça”, enfatizou.
“A atuação ministerial sempre se pautará pela impessoalidade, juridicidade, apartidarismo, tecnicismo e pela estreita observância dos direitos e garantias fundamentais, em especial daqueles que, chamados pela Justiça, devem responder por seus atos”, completou Rodrigo Janot.
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