O juiz federal, Sérgio Moro, marcou para o dia 7 de fevereiro, às 15h, o interrogatório do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). Esta será a primeira vez que o ex-deputado prestará esclarecimentos diretamente ao magistrado da Operação Lava Jato.
Na manhã desta quarta-feira (14), o advogado José Tadeu de Chiara, a última testemunha de defesa de Cunha, prestou depoimento. Chiara explicou à defesa de Cunha como funcionam os ‘trusts’. O ex-presidente da Câmara acompanhou a audiência.
- Foto: Dirceu Portugal/Estadão ConteúdoEduardo Cunha
De acordo com o blog Fausto Macedo, Cunha está preso desde o dia 19 de outubro, por ordem de Moro e é acusado, nesta ação, de ter solicitado e recebido propina relacionada à aquisição, pela Petrobrás de um campo de petróleo em Benin, na África. Além disso, Cunha também é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão fraudulenta de divisas pela manutenção de contas secretas na Suíça, que teriam recebido propina do esquema na Petrobrás.
No rol de testemunhas de defesa estavam o presidente Michel Temer (PMDB) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Temer prestou depoimento por escrito, já Lula por videoconferência. A esposa de Cunha, a jornalista Cláudia Cordeiro Cruz, também é ré na Lava Jato acusada de lavagem e evasão de US$ 1 milhão na conta Köpek. Em seu interrogatório, ela declarou que ‘desconhecia a existência de conta no exterior em seu nome’ e que ‘nunca teve motivos’ para desconfiar do marido.
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