Em entrevista ao GP1 na segunda-feira (12), o deputado estadual Cícero Magalhães (PT) comentou a recente divulgação de uma lista na delação premiada realizada pelo ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho. A lista tem nomes de alguns políticos piauienses como Ciro Nogueira (PP), Iracema Portella (PP), Heráclito Fortes (PSB), Paes Landim (PTB) e Hugo Napoleão (DEM).
Cícero Magalhães comentou a divulgação da lista. “Veja bem, eu já vi setores do governo Temer e o próprio Procurador-geral da República, Janot, dizendo que é um absurdo tornar público uma lista que nem foi aprovada pelo Supremo Tribunal Federal, mas grampear uma presidente foi legítimo né, porque ele ficou quietinho. Não disse nada. Então tem uma justiça seletiva. Lógico que aquele povo está todo envolvido, o problema maior é que a empreiteira dá o dinheiro, mas ainda faz bullying né”, ironizou o deputado.
- Foto: Lucas Dias/GP1Cícero Magalhães
O parlamentar também falou sobre o fato de Dilma Rousseff (PT) nunca ter sido citada na Operação Lava Jato e que os que criticaram a ex-presidente, hoje estão sendo alvos de investigações de corrupção.
“Tomaram o poder dizendo que o país estava estagnado, que tinha que crescer, que tinha que moralizar o país. Cadê o crescimento? Cadê a moralidade? Expulsaram uma presidenta honesta, legitimamente eleita, para colocar um golpista que nem o Temer e cadê as soluções fáceis que esse grupo tinha? O que a gente vê é que a única solução é que as grandes redes e mídias nacionais o protegem. Significa dizer que se a solução fosse fácil, a Dilma teria dado. Uma boa parte de tudo que estão fazendo, a Dilma tentou buscar com eles, mas não aceitaram, pois queriam mesmo era voltar ao poder. Tá aí, até hoje a Dilma nunca foi envolvida em nada, mas todas vezes que eles são citados, trazem o nome do presidente Lula para tentar equilibrar o jogo”, disse.
Para Cícero, “o Brasil deve ser passado a limpo. Deve, mas não acredito que é via judiciário, também porque o juiz Sérgio Moro, que é um grande herói de uma parcela da população brasileira, quando chegou nos amigos dele, cadê o herói? O homem corajoso? Que prendia? Você vê aí o Renan [Calheiros] que nem cumpriu uma liminar do judiciário, agora escancarou de vez. Então há uma necessidade de se resolver muitas coisas no Brasil, mas tem que ser através de um corte mesmo, quem tiver que pagar, que pague pelos seus erros. Não ficar apontando uma justiça seletiva. Pega um de um partido e de outro não”.
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