A possibilidade de aliança entre PT e PMDB no governo estadual, inclusive ocupando secretarias, está movimentando a classe política nos últimos dias. Dos dois lados há figuras que se opõem à união. Dentro do partido dos Trabalhadores, o vereador Gilberto Paixão é um dos que não vê o ato com bons olhos. Para ele “não tem como ter diálogo com um partido que arquiteta um golpe contra o Partido dos Trabalhadores”.
Em entrevista ao GP1, o vereador afirmou que os membros do PT no Piauí não foram comunicados sobre essa acomodação do PMBD no governo de Wellington, mas adiantou que diante da situação política pós-impeachment, fica difícil pensar em uma união com o partido de Temer. “Não houve nenhum diálogo com o partido até agora e se houver essa negociação é preciso que seja amplamente discutido com os membros, para saber até que ponto isso é benéfico”, declarou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Gilberto Paixão
Para o vereador, não tem como separar os interesses políticos nacionais e locais. “Eu acho que não tem diferença do PMDB do Piauí para o PMDB nacional, vemos na votação da PEC que todos os deputados, com exceção do Assis Carvalho, votaram a favor de uma proposta que ataca diretamente a classe mais pobre e trabalhadora”, argumentou.
“Já declarei isso que, a nível nacional não tem como o PT dialogar com o PMDB ou com o PSDB. Não tem como ter conversa com Michel Temer, com Renan Calheiros, com o [José] Serra. Como vamos ter algum diálogo? Não tem como ter diálogo com um partido que arquiteta um golpe contra o Partido dos Trabalhadores, que orquestra um golpe contra o Lula e que foi autor do golpe contra a Dilma”, finalizou.
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