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Política

Dilma diz que país tem que encarar uma reforma da Previdência

A presidente não informou como será feita a reforma, mas citou fixar uma idade mínima para aposentadoria.

Durante um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (7), a presidente Dilma Rousseff disse que o país vai ter que “encarar” uma reforma na Previdência Social.

A presidente não detalhou como será feita a mudança no sistema previdenciário, mas disse aos jornalistas que uma das maneiras de promover a reforma seria fixar uma idade mínima para aposentadoria e definir novas regras que considerem idade e tempo de contribuição.
Imagem: Ichiro Guerra / PRDilma participa de café com jornalistas e diz que país terá que encarar reforma na previdência(Imagem:Ichiro Guerra / PR)Dilma participa de café com jornalistas e diz que país terá que encarar reforma na previdência

Dilma disse ainda que os brasileiros estão envelhecendo mais e a expectativa de vida aumentou 4,6 anos e por esse motivo não dá para continuar com a idade média da aposentadoria do país em 55 anos.

A presidente ponderou que se continuar nesse ritmo, posteriormente não haverá trabalhadores em número suficiente para sustentar a Previdência Social. Dilma comparou o Brasil com outros países que exigem uma idade mínima para as aposentadorias sociais.

"Nós estamos envelhecendo mais e morrendo menos. Nossa expectativa de vida nos últimos anos aumentou talvez de forma bastante significativa, em torno de 4,6 anos. Isso implica que é muito difícil você equacionar um problema. Não é possível que a idade média de aposentadoria no Brasil seja de 55 anos. Para as mulheres, um pouco menos", afirmou Dilma.

"O Brasil vai ter de encarar a questão da Previdência. Você tem várias formas de encarar a questão da Previdência. Os países desenvolvidos e, não falo os emergentes, os grandes emergentes, não têm assim uma política clara de aposentadoria comparável com a nossa, mas todos buscaram aumentar a idade de acesso, a idade mínima para acessar a aposentadoria. Tem esse caminho", acrescentou.

Em novembro de 2015 a presidente sancionou uma nova regra para a aposentadoria, que varia progressivamente de acordo com a expectativa de vida da população. A regra 85/95 progressiva definiu uma pontuação mínima para homens e mulheres, a cada dois anos, para receber 100% do benefício da aposentadoria.

"Não se pode achar que isso [reforma da previdência] vai afetar os direitos adquiridos. As coisas afetam daqui para frente. E há outro problema: o tempo de transição. Ninguém faz uma reforma dessas sem considerar o período de transição, levando em conta os direitos adquiridos", afirmou Dilma.

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